Receita para 4 pessoas Ingredientes:
Preparação: Numa panela coloque 3 a 4 colheres de azeite e adicione uma colher de banha e aqueça em lume brando até derreter a banha. Junte a cebola picada. Adicione os dentes de alho picados. Deixe saltear cerca de 2 minutos Junte o colorau, duas colheres de chá de massa de pimentão, três colheres de sopa de polpa de tomate, uma colher de chá de massa de malagueta (ou pimenta da terra) e uma colher de chá de açafrão. Chegou a hora de juntar o polvo ao preparado anterior. Escorra bem o polvo para que vá a menor quantidade de água e introduza na panela. Envolva o polvo nos elementos anteriores e deixe cozinhar com a panela destapada por cerca de 10 minutos em lume médio. Adicione salsa e tape a panela, deixando o polvo cozinhar em lume brando. Após o polvo estar praticamente cozido (deixe cozer durante cerca de 25 minutos ou até que esteja tenro ao espetar um tentáculo com um palito de madeira), adicione o vinho tinto. Deixe novamente cozinhar por mais 20 minutos com a panela tapada. Não precisa de sal pois o polvo já tem sal e ainda adicionou a massa de pimentão e de malagueta que por si só já contêm sal. Retire o polvo e corte-o em pedaços. Agora é altura de juntar a batata previamente cortada aos cubos ao líquido de cozer o polvo. Envolva bem e deixe cozinhar as batatas mexendo de vez em quando para que não colem (não esquecer que o líquido foi apurando e não o queremos deixar queimar). Quando verificar que as batatas estão quase cozidas, desligue o fogão e verta-as para um tabuleiro de ir ao forno juntamente com o polvo em pedaços. Coloque algumas nozes de manteiga por cima, as tiras de pimento e leve a forno aquecido a 180ºC e deixe alourar um pouco. Retire do forno e sirva acompanhado de fatias de pão caseiro. Bom apetite!
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Favas e mais favas.. Não … Estejam descansados não vos vou mandar à fava (enquanto a ervilha enche…), mas sim partilhar convosco uma receita de favas que engendrei e que foge um pouco ao “tradicional”. Sabiam que a fava é uma das leguminosas mais antigas cultivadas no mundo e que o seu consumo vai da Itália ao Egito e da Índia à China? E que para além de ricas em fibras são também ricas em proteínas de origem vegetal, em ferro, vitaminas do complexo B, potássio, zinco e fósforo? E que o coelho é uma carne branca com um baixo teor de gordura e pobre em calorias, que contém uma grande quantidade de proteína de boa qualidade em comparação com a carne de vaca, porco e borrego? Isto para além de outros benefícios, como o facto de conter minerais como o potássio e o fósforo que fortalecem o coração e vitaminas do complexo B, associadas à gestão da energia no nosso organismo? Pois bem, respeitando a qualidade e sabor dos produtos envolvidos e porque estamos no início da época das favas, resolvi variar e inventar um pouco, juntando as favas ao coelho... Desta feliz e profícua união, resultou um prato saudável, ultra delicioso, económico e que tanto pode ser considerado como uma "entrada" ou ser consumido como "prato principal", quente ou frio!!! Receita para 4 pessoas Ingredientes:
Preparação: No próprio dia descasque as favas, passe-as por água e reserve. Limpe as patas de coelho de qualquer pelo, lave-as e tempere-as dos dois lados com sal fino (habituei-me a utilizar sempre o sal rosa dos Himalaias) e pimenta preta, massajando-as com as mãos para que o tempero penetre melhor na carne, tornando-a mais macia. Reserve por cerca de 30 minutos. Prepare uma frigideira ou tacho onde irá confitar (3) o coelho. Deixe aquecer o azeite e mergulhe as pernas de coelho, na quantidade suficiente para as cobrir totalmente, adicione as hastes de tomilho e alecrim, os dentes de alho, a folha de louro, o cravinho, a pimenta rosa, a cebola e deixe confitar durante 20 a 30 minutos. Controle a temperatura com a ajuda de um termómetro culinário, mas caso não o tenha poderá controlar a temperatura através de toque. Toque o azeite com o dedo. Se conseguir controlar um momento mínimo, provavelmente a temperatura estará entre os 70 e os 80º C. Vá verificando para a carne não passar do ponto (toque com o dedo assim que estiver macia, está no ponto). Retire do lume e reserve no azeite até esfriar. Depois de fria, retire-as do azeite e desosse as pernas do coelho. Enquanto o coelho confitava, cozinhe as favas: coloque água numa panela e quando esta entrar em ebulição, introduza as favas e um ramo de cheiros composto por rama de alho, coentros, salsa e hortelã. Não tempere as favas com sal no início da cozedura (o sal deve ser adicionado apenas quando as favas estão quase cozidas para que fiquem tenras e suculentas, caso contrário ficarão duras). Nunca tape o tacho (regra base para qualquer leguminosa) pois isso impede que o vapor de água concentrado destrua a clorofila das favas mantendo assim a sua cor verde vibrante (pelo contrário se tapar o tacho elas ficarão escuras e numa salda de favas, convenhamos que não é bonito). Quando estiverem cozidas retire-as do tacho para uma vasilha com água gelada (a intenção é interromper a cozedura e manter a sua cor). Após frias, coe e reserve. E está chegada a altura de montar a nossa salada de favas e coelho. Envolva bem as favas com o coelho desossado e desfiado grosseiramente (deixando alguns pedaços maiores para enfeite), o tomate e o pimento padrão em cubinhos, as azeitonas e regue com um pouco do azeite do confit e umas gotas de vinagre. Envolva bem com cuidado e enfeite com algumas folhas de coentros. Este prato pode ser consumido como entrada ou prato principal, frio ou quente (se preferir quente, poderá sempre juntar também umas rodelas de ovo cozido). Obs.: (1) Ao adquirir as favas pessoalmente, lembre-se de que um quilo de favas com casca, geralmente não chega para duas pessoas. (2) Ao contrário do que muitos pensam a rama de alho não é a rama do alho francês mas sim a rama do alho (É comum nas praças fornecerem rama de alho francês. Desenrasca, mas não é a mesma coisa). Facilmente a obterá em casa bastando para isso colocar 2 ou 3 dentes de alho num vaso e verá que ao fim de 15 dias terá umas lindas ramas da alho que poderá utilizar a seu belo prazer. (3) Confitar é a técnica para cozinhar alimentos a baixas temperaturas. A temperatura jamais poderá passar de 100°C, mas o ideal é que ela fique entre 80°C e 90°C para carnes e 60°C e 70°C para outros tipos de alimento como peixes e vegetais. Esta técnica faz com que o alimento mantenha todas as suas características (textura e sabor), não perdendo por isso nenhum nutriente, utilizando uma gordura saudável.. O alimento deverá ficar completamente submerso sob a gordura, para não queimar e para que cozinhe por inteiro (nunca deixar levantar fervura). Esta gordura poderá depois ser reutilizada para dar mais sabor a outros pratos. É também uma forma de conservar alimentos. Em tempos idos, era um sistema muito utilizado em navios para conseguir transportar e conservar alimentos durante os muitos dias de viagem, uma vez que não havia espaços ou técnicas para refrigeração. |
Histórico
May 2024
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