Num mundo com tantos peixes tropicais vistosos e coloridos, pouco se fala sobre esta espécie ímpar do mundo da aquariofilia: a Corydora. Tidas por muitos como um simples peixe limpador vulgarmente e erradamente apelidada de "limpa-fundos", as mais de 100 espécies que fazem parte do género Corydoras são muito mais do que isso. Generalidades: Os seus hábitos e aparência únicos deveriam ser o suficiente para lhes garantir um lugar de destaque no nosso aquário, mas infelizmente não é isso que acontece. Por ser considerada um simples membro da "equipa de limpeza", a Corydora tem, na maioria das vezes, um estatuto inferior e as suas necessidades simplesmente são ignoradas até mesmo pelo mais bem-intencionado aquariofilista, sendo forçada a viver em aquários demasiadamente pequenos, com um substrato (material que cobre o fundo) inadequado e tendo que alimentar-se de restos de comida deixados pelos outros habitantes do aquário. Com esta abordagem, pretendo transmitir a quem tem aquários comunitários e possui Corydoras o respeito e o cuidado que de facto merecem. Existem várias espécies de Corydora, e todas devem ser mantidas preferencialmente em cardumes de, no mínimo, 3 indivíduos. Ideais para aquários comunitários, são peixes extremamente pacíficos, bonitos, alegres, simpáticos, e pouco exigentes. Razões suficientes para que se torne um dos seus favoritos. Podem ser mantidas com praticamente todas as espécies de peixes que compartilhem as suas preferências de pH e dureza da água. Atenção, que Ciclídeos extremamente grandes são desaconselháveis, não apenas pelo fato de que tentarão comê-las, mas também pela presença de dois espinhos, extremamente afiados, nas barbatanas peitorais e dorsal (foto abaixo), que servem como mecanismo de defesa. Ao tentar abocanhar uma Corydora, um grande Ciclídeo pode acabar "fisgado", o que exigirá uma intervenção manual para a remoção da Corydora, caso contrário morrem os dois peixes. Sabendo-se disso, é também desaconselhável a utilização das mãos para apanharmos uma Corydora, mas este mecanismo apenas é usado como arma de defesa. Hábitos e alimentação: Não obstante o que atrás referi, a Corydora serve o propósito de manutenção do fundo do aquário no que diz respeito a consumir restos de comida, mas não em relação a comer dejectos de outros peixes e dele próprio, como muita gente erradamente pensa. Esta ideia provavelmente é causada pelo fato de que a Corydora, em vez de cuspir um dejecto de volta pela boca como a maioria dos peixes, cospe-o para trás através das guelras e para quem está desatento, pode pensar que ela comeu o dejecto. Portanto, sendo este um peixe que passa quase toda a sua vida junto ao fundo, este deve ser mantido razoavelmente limpo, para que não ocorram infecções e outros problemas, principalmente atacando as papilas. Pela mesma razão, o cascalho utilizado num aquário com Corydoras não deve ser pontiagudo ou cortante. No seu habitat natural, o fundo é argiloso ou lamacento, e em alguns casos arenoso. A presença de plantas e pedras é muito benéfica, pois agem como filtros da luz que vem de cima, além de diminuírem o stress causado pela presença de outras espécies, por fazerem o papel de possíveis esconderijos. Os restos dos alimentos em flocos que você dá aos seus peixes não são o bastante para que suas Corydoras vivam uma vida longa e saudável. Para que isso aconteça, é preciso certificar-se que alimento em quantidade e qualidade suficientes chegue ao fundo. Existem hoje no mercado vários tipos de comida específicas para peixes que habitam o fundo, em várias formas, como tabletes, pastilhas e cubos. Corydoras adoram tubifex, mas a introdução destes no aquário pode ter como consequência a introdução de parasitas, portanto a forma desidratada, em cubos que podem ser colados ao vidro, é a mais indicada. Outra verdadeira preciosidade para eles são as minhocas, que no entanto devem ser oferecidas aos pedaços, e devidamente lavadas, evitando-se assim que possam fugir e alojar-se no fundo, somente para morrer afogadas e poluírem a água. As Corydoras também não são comedoras de algas! Basta olhar para a boca delicada delas para ver que esta ideia também é um absurdo, pois elas jamais conseguiriam raspar algas como por exemplo fazem os Cascudos! Portanto fixe bem: Não conte com as Corydoras para manterem o fundo do seu aquário limpo. Faça a sua parte, aspirando os detritos e os restos de comida com frequência. A parte de trabalho da Corydora será a de constantemente revirar os detritos do fundo, levantando-os de volta para a água e facilitando desta forma que eles sejam sugados pelos filtros mecânicos (mais uma vez aqui fica registado a importância de um bom sistema de filtragem). E não se preocupe, pois mesmo passando a vida a vasculhar o fundo, as Corydoras não cavam e não desenraízam as plantas, ao contrário de muitas outras espécies. No próximo post, abordarei as espécies mais comuns de Corydoras que poderá ter no seu aquário comunitário.
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Nesta categoria, já abordei alguns dos peixes mais comuns à venda nas lojas da especialidade: Guppys, Plattys, Espadas... Existem no entanto outras variedades de peixes pertencentes a esta categoria, que mostrarei em imagens mais adiante. A "Molly" é um peixe tropical que gosta de um pouco de salubridade na água do aquário. Normalmente eu colocava uma uma colher de chá de sal marinho por cada 25 litros de água. Apesar da sua exuberância, algumas espécies são muito sensíveis a doenças como o Íctio (Moly negra), pois o seu ADN é modificado genéticamente. O sal ajuda a prevenir e fortalece a camada protectora de algumas destas espécies. Trata-se de uma espécie que se reproduz facilmente em aquário (chegando nalguns casos a atingir os 80 alevins). Devem viver num aquário bem plantado e de boa filtragem. Nome: Poecilia latipinna ou Molinésia Latipina Origem: México, Texas, Florida e das Carolinas à Virgínia Comprimento: 8 cm pH: 7,0 a 7,4 dGH: 30º Temperatura: 25 a 29º C Sociabilidade: pacífico, vive em casal Capacidade do aquário: mínimo 70 L Esta espécie é belíssima e muito grande podendo tger tons de azul-esverdeado prateado, verde-azulado com filas de pequenos pontos cor de laranja-amarelos, com inúmeras pintas brilhantes nos flancos. Além da cor prateada, já foram desenvolvidos exemplares de cor preta, laranja e albinos. Podem chegar a 15 cm e vivem cerca de 2 anos. A sua boca tem a forma de funil e encontra-se virada para cima. A principal característica desta espécie é a barbatana dorsal do macho (quase sempre erecta), a qual é bastante alta e possui uma base comprida. A barbatana anal do macho está transformada numa estrutura com a forma parecida à de uma vareta, o gonopódio, e é utilizada como auxiliar da postura. A barbatana anal da fêmea tem a forma normal de um leque. Estes peixes precisam de bastante espaço para se movimentarem – os machos podem lutar entre si se forem colocados num aquário muito pequeno – e de uma boa dose de verduras na sua alimentação para atingirem o tamanho máximo e desenvolverem plenamente todas as suas características físicas. O aquário deve ser grande e receber a luz directa do sol ou lampadas que estimulem o crescimento de algas. A água deve ter um grau de dureza média, logo é aconselhável diluir um pouco de sal na água (cerca de uma colher de chá de sal por cada 20 litros de água). As fêmeas grávidas devem ser transferidas para um aquário ou maternidade com muitas plantas antes do fim do período mensal de gestação para aí darem à luz as suas crias. Fazem parte da sua dieta, vermes, crustáceos, insectos, derivados de plantas e alimentos secos. Reprodução Na época do acasalamento, os machos exibem as barbatanas dorsais para conquistar as companheiras, que não as possuem tão desenvolvidas. As molinésias são ovovivíparas, o macho que possue a sua barbatana anal transformada em um órgão copulador propicia uma reserva de espermatozóides na fêmea através da cópula, que irão fertilizar os óvulos seguintes, dispensando assim novas relações entre macho e fêmea. Os alevins com cerca de 8 meses assumem definitivamente sua coloração definitiva. Logo depois do nascimento os peixinhos já estão auto-suficientes, dotados de reflexos usados na fuga aos seus predadores. Devem ser alimentados com artémia recém nascida e gema de ovo cozida e desitratada, num total de 4 refeições por dia. O crescimento será mais rápido se lhes for oferecida uma dose diária de dáfnias coadas em peneira fina. Nome: Poecilia hybrid ou Moly Preta Origem: Estados centrais e meridionais dos Estados Unidos e região Norte da América do Sul Comprimento: 7 cm pH: 7,5 a 8,2 dGH: 11 a 30º Temperatura: 24 a 28° C Capacidade do aquário: 100 L A Molinésia Preta, que ascendeu a uma posição de destaque em termos de favoritismo entre os aquariófilos, não tem uma forma exacta no mundo selvagem. Apesar das muitas teorias que existem sobre o seu Pedigree, é provável que se tenha desenvolvido por selecção genética intensa a partir de variedades sucessivamente mais escuras de indivíduos apenas da espécie P. Sphenops (figura abaixo). Este desenvolvimento de diversas linhagens continua ainda hoje com a criação de variedades com cores diversas como o preto, o azul-verde e o preto e branco sarapintado. Estas Molinésias são em geral robustas mas reagem mal às condições adversas e ao arrefecimento da água. O seu precário estado de saúde é revelado por movimentos lentos, barbatanas apertadas e ondulações laterais do corpo sem qualquer movimento para a frente. Os fungos também são facilmente detectados nestas variedades de cor negra. Se lhes for oferecida uma quantidade abundante de verduras, um pouco de sal na água do aquário e condições estáveis, elas reproduzem-se com bastante facilidade e frequência. As fêmeas são muito susceptíveis ao stress durante o período de gestação, por isso transfira-as com a antecedência suficiente para um tanque de nascimentos separado (e não uma maternidade) para se evitarem nascimentos prematuros. Outros peixes do género Poecílideos:
Os Espadas são primos do Platy, preferencialmente de alimentação vegetal, também de cores alaranjadas, embora esta espécie seja originalmente esverdeada. Natural do México, esta espécie distingue-se pela bonita espada na cauda e tem tendência para água salobra, pelo que é aconselhável acrescentar umas pedras de sal ao aquário. Este procedimento afecta outras espécies, por isso só deve ser levado em conta, se colocado num aquário de biótipo. Nome: XipHopHorus helleri ou Espada Tuxedo Lira Origem: América Central Comprimento: macho até 10 cm e f~emeas até 11 cm pH: 7 a 7,3 Temperatura: 20 a 25º C Dieta: vermes, crustáceos, insectos, derivados de plantas e alimentos secos Compatibilidade: tanque comunitário mas podem incomodar as espécies mais pequenas O Xiphophorus Helleri tem uma coloração verde ainda na fase selvagem. Trata-se de um peixe geralmente pacífico, mas dependendo do seu habitat poderá tornar-se um pouco agressivo. O espada é suscetível a doenças de pele como o OODIUM e alguns parasitas, sendo o mais comum o ICTIO (a publicar proximamente no capítulo "doenças"). Este peixe pode viver com platis até ao ponto de se acasalarem, e reproduzirem. Apesar de viver em temperaturas mais baixas (mínimo de 20ºC), NUNCA deve permanecer em temperaturas abaixo de 25ºC, pois facilmente adoece e perde o apetite. Devemos sempre utilizar nesta espécie uma regra básica; para cada macho três fêmeas pois, no seu frenesim para acasalar acabam por deixar as fêmeas em stress. A sua alimentação não é muito exigente, come de tudo, flocos, artémia, tubifex, etc. Reprodução: O Espada é vivíparo, ou seja, reproduz-se através de fecundação interna (cópula). Sendo um Poecilideo, a sua reprodução é parecida com a dos Guppys e Molinésias porém, devemos separar os pais assim que a fêmea parir pois certamente vão devorar os filhotes. Estes já nascem com a forma adulta, só que bem mais pequeninos. É fácil saber quando a fêmea engravidou, pois quando isto ocorre, ela apresenta uma grande mancha negra na base do oviduto. Também um pouco antes de nascerem pode-se ver os olhos dos alevins através da fina parede abdominal. A fêmea depois de grávida, dará crias em 40 dias, normalmente de 50 a 100 alevins. Apos o parto, os filhotes irão refugiar-se (a importância de ter uma aquário bem plantado) para escaparem a serem devorados pelos pais. Se utilizar para o efeito uma "maternidade", deverá vigiar e quando o último alevim nascer, retirar de imediato da maternidade a fêmea. Este é um processo muito bonito de observar, pois o nascimento dos alevins, não é constante: tanto pode nascer um de minuto a minuto, como de repente saírem dois ou tres alevins seguidos. A reprodução em aquários, permitiu obter-se variedades bastante diversificadas tais como: Espada Negro, o vermelho sangue, o Albino, o Wagtail (de barbatanas pretas), o Tuxedo (com manchas negras por todo o corpo) e vários outros tipos, que além da diversificação da cor, possuem a cauda em forma de lira ou véu (ver imagens abaixo). Curiosidades: Alguns aquariófilos e cientistas, já observaram o fenômeno da mudança de sexo na fêmea do Espada. Certas fêmeas, depois de algum tempo de vida, quando os ovários param de funcionar, têm a barbatana anal transformada em gonopódio, ou seja, a cauda começa a se desenvolver na famosa espada masculina. No entanto esta teoria é rejeitada por alguns estudiosos, visto que o macho leva muito tempo para atingir a maturidade e desenvolver as características sexuais secundárias. Neste período antes do desenvolvimento o macho tem o corpo roliço como as fêmeas adultas, resultando para este grupo de estudiosos essa teoria enganosa de "mudança de sexo". Outras variedades de Espadas que poderá encontrar em lojas da especialidade: Esta família (Poecilídeos) abrange 26 géneros e mais de 138 espécies. O istmo que une as Américas às Caraíbas é o habitat de uma família de peixes de aquário muito conhecidos: os Poecilídeos. Quem não conhece os Guppys (já aqui abordados), com as suas fantásticas barbatanas, os Platys de variadas cores e as preciosas Mollys negras? Em qualquer casa comercial de peixes que entremos podemos ver espécies pertencentes a esta família, a qual se diferencia das demais pelos seus indivíduos ovovivíparos. Esta região está ocupada pelos seguintes países: México, Guatemala Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Panamá e as Ilhas de Cuba, Jamaica, Haiti e Porto Rico, entre outras mais pequenas. Toda esta zona é muito montanhosa e tectonicamente activa, uma vez que possui vários vulcões e os sismos são frequentes. O clima que caracteriza esta região é tropical. É quente e húmido, sendo as terras de Este mais húmidas que as que ficam a Oeste, devido à presença dos ventos Elíseos, que vêm carregados de húmidade desde o Atlântico e descarregam a sua água sobre as ladeiras das montanhas orientadas a sotavento. Este clima tem como consequência uma vegetação abundante, sobretudo na parte oriental, predominando a selva tropical alternada com plantações de cultivos próprios deste local. Na parte ocidental predominam a savana e os bosques de folha caduca. Por ser uma zonamuito montanhosa e húmida a sua rede hidrográfica também é muito densa. Para além de numerosos rios existem tamém muitos lagos. Ictiologicamente, a família Poecilidae é a mais característica da região. Os machos possuem um orgão copulador denominado de gonopódio, o qual é formado por vários raios modificados da barbatana anal. Este funciona como um pequeno tubo através do qual os espermatozóides passam para os ovidutos das fêmeas, onde permanecem vivos durante muito tempo podendo fecundar várias posturas sem a presença do macho. Os embriões desenvolvem-se nos ovários e alimentam-se do saco vitelino. Quando nascem já estão grandes e desenvolvidos. Devido à grande velocidade de crescimento e à intensa coloração da algumas espécies desta família, os criadores selecionaram muitas formas e cores muito distintas das variedades naturais São peixes muito resistentes, de tamanho médio, pacíficos muito prolíferos, pelo que são ideiais para aquariófilos pincipiantes. Nome: XipHopHorus maculatus ou Platy Origem: originalmente no sul do México, na Guatemal e Honduras Comprimento: 4 cm, as fêmeas são ligeiramente maiores pH: 6,8 a 7,2 Temperatura: 20 a 25º C Dieta: vermes, crustáceos, insectos, derivados de plantas e alimentos secos Compatibilidade: tanque comunitário mas podem incomodar as espécies mais pequenas Capacidade do aquário: mínimo 40 litros O Platy gosta de viver com outros indivíduos da sua espécie, mesmo com as variantes (vermelho, amarelo, pôr-do-sol, etc), e torna-se muito "mexido", principalmente os machos que abrem, esticam e nadam de frente de uma fêmea quando na presença dela. Não atingem comprimentos exagerados, pacíficos, vivem em grupos constituídos por casais e preferem alimentação do tipo vegetal, do mesmo modo que é aconselhável fornecer TetraRubin (r), que é um complemento que favorece a cor avermelhada, para assim os tornar com cores mais vivas. A reprodução não é nada difícil pelo facto que são vivíparos. Num aquário de conjunto podem ser colocados com Guppys, Mollys e Espadas. Entre as variedades mais populares podemos citar o Azul, o Cometa, o Lua, o Vermelho, o Tuxedo e o coração sangrento. Uma outra variedade muito popular – o Abana-Cauda – tem cores pouco expressivas (à excepção da boca que é preta) e barbatanas pretas. Mas nesta variedade existem indivíduos com outras cores. O aquário dever ser bem plantado e se estiver exposto directamente à luz solar que possa estimular o crescimento de algas, melhor. Não deve adicionar sal à água do aquário se esta for dura. A separação por sexos e a rejeição dos individuos com cores menos interessantes é essencial par se manter a pureza da linhagem. A cor vermelha dos platys é um recurso ornamental de que os aquariofilos se costumam aproveitar. Isso porque contrasta harmoniosamente ora com o verde da vegetação — que deve ser sempre abundante, apesar das áreas livres de que necessitam os peixes para se movimentarem. Apesar da sua cor dominante, não devem ser confundidos com outras espécies diferentes: o peixe-vermelho de água «fria», os espadas ou as molinésias alaranjadas. Os platys são distintos e, de todos estes Poecilídeos, aparecem como os mais pequenos, atingindo na melhor das hipóteses uns seis centímetros. São oriundos dos rios quentes da América Central. Mas, entretanto, por selecção genética artificial, desenvolveram aspectos e colorações diversas. Os mais espectaculares são os chamados veleiros. Estes distinguem-se pela circunstância de a sua barbatana dorsal se prolongar muito, associando-a os aquariofilos à vela de um barco. O efeito resultante torna-o mais distinto na forma e, se houver associada a particularidade da cor, então surgem por vezes espécimes encantadores, com o senão de serem bem mais sensíveis às condições bioquímicas da água. Existem também os maculatus. Estes apresentam, regra geral, barbatana caudal e dorsal escura, e podem acumular as características dos veleiros. Apesar disso, embora tenham perdido bastantes defesas perante um meio ambiente agreste, são dos mais resistentes do variado naipe de espécies ornamentais. Comportam-se como peixes de casal. Já vi machos em conflito territorial, num aquário de 80 litros. No mínimo, este peixe pode viver em aquários com capacidade a partir dos 40 litros. Como é prolfico, procure manter sempre um viveiro o mais amplo possível, sem esquecer a regra de população-limite: um litro de água por centímetro de peixe no estado adulto. A reprodução dos Platys As fêmeas têm uma barriga muito mais pronunciada do que os machos. Estes, por sua vez, mais elegantes, possuem um pequeno órgão muito curioso: o gonopódio, na prática, o pénis destes peixes ovovivíparos. Mas a verdade é que quando se tem pela primeira vez platys, quaisquer que sejam, no aquário há sempre algo que se constitui numa feliz surpresa passado não muito tempo: quando menos se espera, acabamos por ver algumas das suas crias recém-nascidas escondidas na folha de uma planta ou, mais no fundo, junto da areia ou a espreitar e a fugir novamente para dentro de um maciço vegetal onde só eles próprios conseguem penetrar. Isto acontece porque a sua reprodução é fácil. Tão fácil que basta comprar uma fêmea, que em princípio já vem fecundada para uns quatro meses, e esperar algumas semanas, porque o esperma dos machos pode permanecer durante bastante tempo nas dobras do oviduto, fecundando, durante um período de cerca de quatro meses, as progressivas ovulações. Assim, quando comprar um casal, não julgue que os descendentes nesses primeiros meses sejam de facto filhos desse pai. Sendo ovovivíparos, a eclosão das crias ocorre ainda no ventre da mãe, saindo os alevins quase disparados, a maior parte procurando a camuflagem protectora da areia — não vão os parentes maiores, inclusivé a sua própria mãe, degluti-los. Se não tiver comilões como os escalares, dificilmente deixará de ter oportunidade de recolher os seus alevins para uma maternidade. Depois vê-los-á crescer. Se os pais forem híbridos, terá grandes surpresas: não se admire se de uma mãe cor-de-laranja saírem crias brancas ou até negras - já me aconteceu. Algumas das variedades mais comuns de Platys:
Este tipo de peixe é originário do Rio Amazonas e seu tamanho chega a atingir aproximadamente 3 cm e sua temperatura ideal é entre 20 a 26º C., o seu pH ideal é por volta de 6,5 á 6,8 (ácido), apresentando no entanto boa tolerãncia a águas de pH 7,0. A sua cor mais conhecida é o vermelho da barbatana ventral até à cauda e uma lista lateral azul brilhante. Este tipo de peixe costuma viver em cardumes, portanto, se está a pensar em colocá-los no seu aquário, não o faça sem que tenha pelo menos uns 7 exemplares. No entanto, não é conveniente colocá-lo num aquário comunitário que contenha peixes muito lentos e de barbatanas exuberantes (caso dos Guppys). É que a sua dentição é muito parecida com a dentição da Piranha e normalmente devido à exuberância das barbatanas caudais, este tenderá a "ratá-las". No seu ambiente natural, é um peixe que vive nas chamadas “águas negras”. São águas com uma coloração e cristalinidade parecida com o chá em infusão, mas muito carregada. Esta cor deve-se à presença de matéria orgânica dissolvida que dá lugar ao aparecimento de ácidos orgânicos e colóides. O comportamento desta espécie é similar ao Néon Cardinal, preferindo águas moles e ácidas, vivendo pacificamente em aquários comunitários, de preferência com peixes do seu tamanho. É importante manter a qualidade da água com um bom sistema de filtragem. Adora viver em aquários plantados e, devido ao pequeno tamanho, tem que ter vizinhos pacíficos. É um peixe fácil de manter. É um peixe que, pela sua cor, dá bastante vida a um aquário plantado. Quanto à sua reprodução em cativeiro, pode-se dizer que ela exige alguns cuidados especiais, pois os seus ovos são muito sensíveis a bactérias e fungos, sendo portanto um pouco difícil e trabalhoso conseguir criá-los, sendo aconselhável a sua criação apenas por pessoas altamente qualificadas; portanto, se você é um iniciante nestas andanças, recomendo que tente a criação de algum outro peixe mais fácil. Quanto ao aquário, é aconselhável colocar algumas plantas conforme o seu gosto; isso deixará os Néons mais à vontade no seu aquário. Existe muito mais informação sobre a reprodução desta espécie, pelo que alguma dúvida terei todo o prazer em a satisfazer.
O Tetra Cardinal é um dos peixes mais desejados de se ter num aquário, principalmente pela sua estonteante coloração. No entanto, a manutenção correcta deste peixe exige um certo conhecimento que muitos principiantes não têm. Esta espécie é extremamente difícil de procriar em cativeiro, portanto praticamente todos os peixes vendidos nas lojas são recolhidos na Bacia Amazónica. O Tetra Cardinal, recebeu este nome em homenagem ao Dr. Herbert Axerold, um brasileiro naturalizado americano que o introduziu na aquariofilia em 1956. Originário da bacia Amazónica, é considerado por especialistas como um dos peixes mais bonitos da região. Estes peixes são resistentes, desde que sejam correctamente adaptados ao cativeiro. Em primeiro lugar, são muito sensíveis a mudanças bruscas de parâmetros da água quando capturados. Logo, deve ser mantida o mais próximo possível da do habitat natural. Segundo, devem ser mantidos em cardumes (pelo menos 5, muito mais se possível) num tanque bem plantado com bastante sombra e esconderijos. É desnecessário dizer que os seus companheiros de tanque devem ser pacíficos e preferivelmente pequenos. Depois de um tempo nessas condições, os Cardinais tendem a ficar mais saudáveis e confiantes. Tem um colorido entre o azul e o vermelho ou verde e vermelho, cores que estão separadas horizontalmente no seu corpo. A sua beleza é simplesmente magnífica. Como vem de uma região ricas em plantas, é necessário que o aquário tenha uma boa quantidade delas (como Sagittaria e Cabomba) acompanhadas de pedras decorativas. O grande problema na criação do Tetra Cardinal são as doenças, como o íctio e fungos. São muito sensíveis à luz forte e às mudanças na água, por isso temos de manter uma filtragem eficiente (mais uma vez alerto para a importância de um investimento maior no filtro), porém suave, caso contrário terá de fazer trocas parciais da água (25%) semanalmente, pois desta forma irá diminuir os riscos de doenças, como o íctio e fungos. É recomendado colocar na água uma colher de sal não iodado para cada 25 litros. Fazendo isto criamos um preventivo para que os Tetras tenham mais saúde e vivam por muito mais tempo. É frequentemente confundida com o Néon (Paracheirodon innesi) e com o Néon Falso (Paracheirodon simulans) que raramente aparecem nas lojas. As diferenças são subtis e relacionadas com a forma das faixas azul e vermelha. Outras espécies de Tetras mais comuns: Caso possua alguma destas espécies e necessite de informação adicional, estarei ao seu dispôr para qualquer questão A família dos Caracídeos constitui um dos grupos com maior número de espécies. Conhecem-se actualmente cerca de 700 espécies. Um dos traços mais marcantes desta diversidade é a ausência de barbilhões. Os dentes são numerosos e de diferentes tipos, em função do seu regime alimentar. A forma e a disposição dos dentes constituí um meio, entre outros, de classificar uma espécie e de a nomear em função das regras internacionais da nomenclatura zoológica.
Este peixe de coloração verde prateada distingue-se pela região vermelha e brilhante que se situa na parte superior dos olhos (a que deve o seu nome). É bastante pacífico pelo que é ideal para aquários comunitários (apenas gosta de morder levemente as plantas mais tenras). A temperatura ideal da água situa-se entre os 21 e os 29º C e o seu comprimento atinge no máximo 4,5 cm. O macho apresenta uma coloração mais exuberante e a reprodução é bastante simples e rápida. Pequeno e muito ágil, o Olho de Fogo, parece sempre estar de bem com a vida. Nunca molesta ninguém e é muito sociável. Este peixe com os olhos avermelhados se destaca-se em qualquer aquário, principalmente se a parede do fundo do aquário for escura. Prefere viver em aquários com muitas plantas, apesar de que se deve deixar espaços livres para que possam nadar livremente. A alimentação desta espécie é variada, aceita de tudo, principalmente ração em flocos e alimentos vivos. Não atingem mais que 4 cm em aquários. Devemos adquirir no mínimo 5 a 10 exemplares, já que vivem em grupos. O Olho de Fogo não vive feliz se ficar sem os seus "companheiros". A sua reprodução, não é difícil em aquários, apesar de a fêmea depositar os seus ovos em qualquer lugar do aquário (geralmente ficam "colados" às plantas) e o macho fecundá-los sem muito cuidado. Para que obtenha sucesso, o casal deve ser retirado do aquário após a desova, pois geralmente alimentam-se das suas crias. Quando o par começar a nadar emparelhado, observe-os atentamente pois provavelmente estão a acasalar. A eclosão dos ovos ocorre após 30 horas no máximo. A alimentação dos alevins é um tanto complicada, mas com certeza o aquariófilo menos experiente conseguirá alimentá-los com nauplius de artémias, recém eclodidas. O aquariófilo tem 3 dias para conseguir alimentá-los, portanto deve programar a eclosão das artémias para que coincida com a eclosão dos alevins. O macho difere da fêmea pelo corpo mais transparente e mais esguio. Outras espécies da variedade Hemigrammus :
Peixe ornamental, com origem na Índia Oriental. É um dos peixes mais frequentes nos aquários, por ser bom nadador (pois está sempre em constante movimento), ter um carácter pacifico e ser muito ágil. É um peixe muito apropriado para pessoas com pouca experiência pela facilidade de adaptação ao aquário e pelo facto de ser muito resistente. Pode atingir os 5 cm de comprimento, muito vivo e só se sente bem num grupo grande (7 ou mais peixes). Gosta de nadar à superfície da água. É um peixe que se relaciona bem com todos os outros géneros, à excepção de peixes de superfície mais calmos. Desova sem problemas no aquário comunitário. Esta espécie vive apenas 2 a 3 anos. A sua reprodução e bastante fácil desde que o aquário disponha de uma rede, visto serem peixes ovíparos. Estes peixes podem desovar em cardume, também em cardume se aprecia a sua exótica beleza. A temperatura da água deve estar compreendida entre 18°C e 26°C. Entre as variedades existentes em estado selvagem, destaco:
Esta espécie vem do Sudeste Asiático, o seu corpo é amarelo-prateado, com vários pontos azuis escuros. Atinge cerca de 6 cm, sendo que as fêmeas são maiores e podem medir um pouco mais que 6 cm. É um nadador rápido, de superfície, e convém ter o aquário coberto, pois ele pode saltar para fora, assim como o danio gigante. As fêmeas são mais encorpadas. Reproduzem-se não com muita facilidade devido à reduzida fertilidade dos machos. Deve-se manter dois machos por fêmea. Manter uma camada de berlindes, ou varetas de plástico, no fundo do aquário, pois os ovos não são adesivos. A altura da água deve ser de 10 cm pois caso contrário os ovos serão facilmente comidos. Os danios atingem a maturidade em cerca de 18 semanas. Como a variedade anterior vive apenas dois a três anos
Originário da Índia, Sumatra e Birmânia, alimenta-se basicamente de Tubifex, dáfnias e alimentos secos. Tem um comportamento pacífico e de movimentos rápidos, a sua reprodução é possível em aquários, põem seus ovos nas raízes das plantas flutuantes ou soltas pelo aquário, vive numa temperatura de 20 a 25º C, chega a alcançar 6 cm. Reproduzem-se com muita facilidade. Vive apenas 2 a 3 anos.
Este peixe da família dos Ciprinídeos é feliz, rápido e nada de um modo espectacular. Este peixe brilhante com listras azuis douradas é muito bonito, vive feliz, mas obrigatoriamente deve conviver com mais 2 ou 3 exemplares da mesma espécie, pois caso contrário vai adoecer e morrer. Este Danio pode chegar a medir 12 centímetros e é por isso que é chamado de Danio Gigante. Pela sua agilidade devemos manter com peixes rápidos em aquários comunitários, pois caso contrário pode molestar peixes calmos. Este peixe é muito resistente em comparação a muitos, mas devemos mantê-lo em aquários acima de 50 litros. A sua alimentação não é muito exigente, aceita rações, mas sempre é interessante oferecer artémias adultas uma vez ao mês. Indicado para aquoriofilistas inexperientes pois não adquire doenças facilmente além de não ser muito exigente quanto ao pH. Evite fechar o centro do aquário com plantas pois o Danio gosta de se movimentar neste local e pode sem querer arrancar as plantas. A sua reprodução é possível em cativeiro apesar de ser difícil a criação dos alevins. Para distinguir os sexos, devemos observar atentamente a faixa azulada central, na fêmea se mostra curva para cima e no macho mostra-se rectilínea. Pela velocidade que esta espécie apresenta é difícil notar tal diferença, mas se observarmos muito bem vamos notar. A fêmea pode desovar 600 ovos e o macho espalha o seu esperma para a fecundação. Para esta reprodução somente os pais devem estar no aquário, aconselho então obter um aquário especifico para isso, com cascalho ou berlindes no fundo para que os ovos se protejam até a eclosão que acontece em 24 a 48 horas. A alimentação dos alevins deve ser de artémias recém eclodidas. Existem igualmente várias variedades modificadas geneticamente: Num aquário comunitário para principiantes, é importante reunir um conjunto de espécies que coabitem pacificamente entre si, que desenvolvam as suas actividades em várias camadas do aquário, resistentes, de tamanho aproximado e que tenham grande tolerância quanto a alguns factores da qualidade da água: Ph, dureza e temperatura. Neste post e nos seguintes abordarei algumas dessas espécies.
Guppy, lebiste, guaru, barrigudinho, cospe-cospe, bobó, million fish e rainbow fish, são alguns de seus nomes vulgares. Quanto ao padrão de colorido, as fêmeas são acinzentadas, com reflexos bronze-esverdeados, ventre branco e barbatanas transparentes; os bordos das escamas são escuros, formando atraente rendilhado. Os machos, que raramente ultrapassam três centímetros, literalmente explodem nas cores do arco-íris, sobretudo em vermelho, azul e verde metálico, com uma a três máculas no corpo e ainda riscos, manchas, pontos, frisos e debruns em negro, numa variedade de desenhos e padrões difícil de ser descrita. Formas de criação As pessoas podem ter guppies com outros peixes, pois este é omnívoro e pacífico com outras espécies de peixes. Porém deve-se ter um cuidado especial na escolha dos companheiros que irão habitar o mesmo tanque pois por ser um peixe colorido, de barbatanas compridas em sua maioria é alvo fácil de outras espécies mais vorazes. Aconselha-mos tê-lo com outros Poecilíeos tais como o Molinésia, Plati, Espada, alguns Anabantideos tais como Tricogaster Leri, Colisa, Beijador, poucos Ciclídeos tais como Ramirezi, Acará Disco, peixe "gato" tais como Limpa vidros e pequenos cascudos não esquecendo de obter espécies que tenham características semelhantes quanto ao pH e temperatura. Mesmo assim devemos sempre observar os hábitos de cada indivíduo no aquário pois pode ser que algum peixe "não se adapte bem com o outro" e neste caso a melhor opção é retirar o "problema" do aquário. Nascimento O Guppy é vivíparo de fecundação interna com relação placentária . A fêmea óvula a cada 3 dias e tem um ciclo de aproximadamente 28 dias até o nascimento das crias. Quando esta no seu momento ideal de fertilização, toma uma posição inclinada verticalmente em relação ao seu parceiro e neste momento se houver a fecundação terá melhores condições de ter mais filhotes. Um dos problemas para os criadores é saber exactamente a hora em que a fêmea irá ter seus filhotes. Deste modo, deve ser separada dos demais, pois ela ou mesmo os seus companheiros de aquário podem comer os filhotes. Por isso devemos saber que uma fêmea tem filhotes em média de 28 em 28 dias (com condições ideais de temperatura e pH, alimentação balanceada, luz etc). É conveniente separar a fêmea com 22 dias aproximadamente. Outro método é quando a barriga da fêmea está bem cheia, à noite e com iluminação adequada dá para se ver os filhotes dentro do ventre da mesma. Desta forma podemos separar a fêmea atempadamente e colocá-la na maternidade até ao nascimento. A maternidade deve ter um espaço confortável para a fêmea e temperatura e pH de acordo. O Guppy de qualidade O Guppy de qualidade é aquele que possui as barbatanas com cores de mesmo padrão e mesma tonalidade exacta, com tamanho proporcional entre elas e que além de tudo passe para os seus descendentes as mesmas características genéticas sem muita variação. O corpo também tem de ser proporcional. Há por aí quem pense que todo o Guppy de barbatanas caudais em véu e compridas é bom, porém com o tempo descobrirá que é somente o primeiro passo pois além desta, a dorsal também tem de ser comprida e com mesmas cores. Já as fêmeas tem de ser boas reprodutoras, grandes e ter barbatanas coloridas. Na fotografia em baixo uma fêmea grávida com filhotes visíveis na sua parte posterior. O grande problema da qualidade é que muitas vezes escapa ao primeiro olhar... Por exemplo, uma cópia de um quadro valioso, é idêntica ao original para a maior parte de nós, mas vale poucas dezenas de euros enquanto o original poderá custar dezenas de milhar. Com os peixes tropicais as coisas complicam-se ainda mais. Um peixe sem qualidade, pode ser mais bonito, vistoso, colorido e grande, quando comparado com outro, com qualidade. Como comprar peixes? Na comprar dos peixes é necessário um certo cuidado, já que hoje em dia o que não falta são vendedores mal intencionados, prontos para o enganar. Ao comprar um peixe, a primeira coisa que precisa de fazer é encontrar um vendedor que seja realmente de confiança. Este vendedor, caso o encontre, será um grande companheiro na escolha dos peixes. Agora, tendo um vendedor de confiança como seu aliado, procure observar bem o comportamento dos peixes. Peixes apáticos, que fiquem parados num canto do aquário ou que nadem numa posição estranha, que tenham as barbatanas rasgadas ou qualquer outro dano no corpo, apresentem sinais de doença tais como pontos brancos ou qualquer tipo de manchas no corpo, devem ser rejeitados. Também deve ter em atenção a coloração da água onde se encontram os peixes: se esta não estiver cristalina, desista de comprar os peixes, pois é sinal de que a essa água foram adicionados produtos químicos com vista a esconder alguma doença que os peixes possam ter. O mais certo é eles morrerem passados três a quatro dias, com a agravante de a doença ser contagiosa e se propagar aos restantes espécimes que já se encontravam no seu aquário! Portanto, o ideal é que veja o peixe num aquário limpo, nadando alegremente, com as cores bem vivas e nenhum dos sintomas acima descritos. Para os primeiros contactos com a aquariofilia, não se deve optar por comprar peixes demasiado caros, pois estes normalmente são mais difíceis de manter, requerendo algum conhecimento e prática, como é o caso do Disco, que necessita de cuidados especiais. Obviamente que também não se devem comprar peixes que não passaram pelo período de quarentena ou cuja proveniência é duvidosa, mas neste caso, conforme já anteriormente referi, só escolhendo uma boa loja. O melhor mesmo é pedir uma opinião a alguém que seja conhecedor. Depois de escolhidos, chegou a altura de os transportar para casa. Se a viagem for grande ou se passarem mais de duas horas até chegar com eles ao seu aquário, peça ao vendedor para introduzir oxigénio no saco de transporte dos peixes. Esse saco deve ficar com mais ar do que água, por isso não estranhe, porque esse ar é importante para que os peixes não asfixiem dentro do saco. Antes da introdução definitiva dos peixes no aquário (ver imagem em baixo), deve colocar o saco, sem o abrir, a flutuar na água durante pelo menos 20 minutos. Isto porque após o transporte, a temperatura da água do saco e a do seu aquário pode variar e isso constitui um grande choque para o peixe. Também pode colocar o peixe juntamente com a água do saco num recipiente largo onde, muito lentamente, vai trocando essa água por água do aquário de destino. Do género: tirar um pouco de água, tornar a encher com água do aquário... A água que veio no saco, da loja para a sua casa, pode transportar doenças e nunca deve passar para o seu aquário, aquando da introdução dos peixes. NUNCA despeje o saco directamente para o seu aquário. De um modo geral os critérios de má qualidade num peixe são: Condições de crescimento: que aditivos foram usados na dieta e na água:
Más origens e motivos:
Infelizmente estamos limitados na diversidade de peixes portugueses, poucos de nós fazemos reproduções em grande escala e quando o fazemos não conseguimos escoamento... Os importadores ignoram os que tentam criar peixes em Portugal: afinal mandam vir esses peixes da Ásia a metade do preço do que custa cá a criá-los. Os peixes de melhor qualidade do mercado são os que têm menos aceitação nesse mesmo mercado. De qualquer modo, de aquariofilistas portugueses, é geralmente possível obter espécies como:
Regras básicas da compatibilidade entre peixes: Pela simples observação, consegue-se determinar alguns princípios que se adequam a quase todos os casos. Assim são as regras de compatibilidade. Veja as mais comuns:
Qual a quantidade e o género de peixes a colocar? Existe uma regra muito simples e eficiente para calcular a quantidade de peixe. Segundo esta regra, pode-se colocar até 1/2 do volume total, em centímetro de peixes. Segue-se, pois, a regra de 1 cm de peixe (excluindo a cauda) para cada dois litros de água do aquário. Sendo assim, se o seu aquário possuir 450 litros, você pode colocar até 225 cm de peixes. Como é lógico esta regra varia muito. Ela só serve para os peixes de tamanho pequeno a médio. Ter dois peixes de 45 cm num aquário de 180 litros, por exemplo, não é o mesmo que ter 10 peixes de nove centímetros cada. Os peixes muito grandes requerem um espaço muito maior para viverem com um pingo de conforto. Ao observarmos um aquário comunitário, percebemos também que cada uma das espécies de peixes tem preferência por determinadas áreas do aquário. Há os que preferem nadar junto da superfície, outros gostam mais da parte média e ainda os que nadam quase sempre pelo fundo. Existem também outros que nadam por toda a parte do aquário. É importante escolher os peixes de acordo com estas suas preferências para que o aquário comunitário se torne esteticamente agradável. Outra das razões para se escolherem peixes para os vários níveis da água tem a ver com a alimentação. Os peixes de superfície são alimentados com flocos ou outros alimentos flutuantes. Com a corrente da água ou com a agitação feita pelos próprios peixes ao comer, esses alimentos acabam por cair para o fundo e apodrecer, caso não existam outros peixes nos níveis mais baixos da água que os consumam. Obviamente que existem e devem ser fornecidos regularmente alimentos próprios para os peixes de fundo, tais como comprimidos que se afundam rapidamente, ou pastilhas para prender ao vidro. Os peixes que nadam pela zona intermédia do aquário, normalmente acabam por se alimentar de todos os alimentos referidos. A forma anatómica e a posição da boca também nos indicam qual o nível de profundidade em que o peixe normalmente habita. Os peixes de superfície têm quase sempre uma superfície dorsal direita e a boca virada para cima. Os do nível intermédio possuem a boca na extremidade da cabeça, mesmo na zona central. Os peixes do fundo apresentam a boca virada para baixo e a superfície ventral lisa. Se é principiante, ficam aqui alguns exemplos de peixes mais comuns para um aquário comunitário bem distribuído:
Na esperança de terem ficado elucidados, fico à disposição para qualquer questão pertinente. Muitas pessoas não possuem um aquário porque acham que ele consome muita energia eléctrica. Mostrarei que em muitos casos (dependendo do tamanho) gastam menos que os minutinhos a mais de banho por dia, luzes e aparelhos que nos esquecemos de desligar, etc.,.
Para fazer este cálculo devemos entender que o que pode variar é o termóstato. Não temos como fazer um cálculo preciso já que, dependendo da temperatura externa ele pode demorar mais tempo para estabilizar a temperatura necessária. Dependendo da região onde vivemos, pode até ficar dias sem ligar, já que a temperatura externa é igual ou maior da que precisamos para a água do aquário. Já o resto dos equipamentos são estáveis para se fazer um cálculo. Os equipamentos elétricos usados num aquário são:
Vamos então ao calculo (o preço do KW em Portugal, num escalão normal situa-se entre 0,0939 e 0,1614 € (preço referente a 01 de Janeiro de 2017), numa potência contratada até 3,45 Kva. Este valor será variável para menos ou mais dependente do tipo de tarifa que tiver: simples, bi-horária e tri-horária. Consideremos então o valor máximo: 1 filtro externo consome 10 w no máximo, ligado 24 horas dia, 30 dias mês:
Podemos ver que o aquário não é desculpa de economia em relação ao gasto de energia. Observamos também que o consumo maior está no aquecedor, se a região for fria, o consumo é maior. Mas no verão temos temperaturas em torno de 25º C como média, o necessário para que os aquecedores nao liguem. |
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March 2018
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