GENERALIDADES
Esta grande família só inclui peixes de água doce, originários sobretudo da América do Central e América do Sul e do continente africano (incluindo Madagáscar) e excepcionalmente, da América do Norte. Existem nove espécies de ciclídeos asiáticos (Astatotilapia flaviijosephi, Israeli Tilapia (Oreochromis aureus), Nile Tilapia (Oreochromis niloticus), Mango Tilapia (Sarotherodon galilaeus), Redbelly Tilapia (Coptodon illii), Tristramella sacra, Tristramella simonsis simonsis, Iranocichla hormuzensis, Canara Pearlspot (Etroplus canarensis) e Green Chromide (Etroplus suratensis) que podem ser encontrados no Líbano, Israel, Síria, Irão, Índia e Sri Lanka. Existe uma espécie que habita no continente europeu, caso do denomiando Chanchito (Cichlasoma facetum) introduzida em Portugal aí pelos anos 40, de modo a combater a malária, através da predação da fêmea responsável pela transmissão da doença. A única que se conseguiu adaptar ao clima europeu e é frequente em lagos e jardins. Não há dúvida de que a maior parte dos aquariófilistas se iniciou neste hobby por ficarem fascinados com as cores e formas dos peixes ornamentais. A visão de um cardume de Néons, das cores do imponente Betta, das silhueras e da forma de nadar do Kinguio (previamente o "peixinho dourado") impressionam qualquer um que nunca teve contato com o mundo aquático. Mas o aquariófilo com certa experiência aprende a amar não só a beleza dos peixes mas também o seu comportamento, a sua índole, a maneira com a qual se comportam e se relacionam. Muitas vezes o aquariófilo dotado de certo conhecimento compra um peixe não só pelo seu padrão de beleza, mas também buscando um animal de interessantes hábitos e particularidades. Nesse momento, o aquariófilo inclui na sua vida um grupo de seres dos quais jamais se esquecerá: A Família dos Ciclídeos. Em suma, são seres surpreendentes, pela sua resistência e inteligência. Aprende-se a amar os Ciclídeos rapidamente, e a maior das surpresas que o criador destes belíssimos animais pode ter é presenciar o seu comportamento quando iniciam os cortejos e as danças de reprodução. Para aqueles que tentam reproduzir Ciclídeos, mais abaixo apresento uma técnica para fazê-lo. As principais características dos Ciclídeos são:
Esta triste fama encontra completa justificação se aplicada a algumas espécies, mas é totalmente imerecida para outras. Uma coisa é certa, os Ciclídeos possuem personalidade. Se a palavra inteligência pudesse ser atribuída aos peixes, o seu emprego teria cabimento nos exemplares desta família. Em algumas dessas espécies, os casais formam-se livremente, permanecem em conjunto, ocupam-se com devoção dos filhos e até, por vezes, seguem-se na morte. 2. COMO REPRODUZIR CICLÍDEOS Para a reprodução de Ciclídeos são necessários apenas a água, o macho e a fêmea. Depois de ter conseguido algumas reproduções com êxito, alerto para a necessidade do tamanho do aquário de reprodução: deve usar-se um aquário com um mínimo de capacidade de 100 litros, com fundo de areia muito bem lavada, algumas pedras planas, compridas e largas, colocadas horizontalmente em diversos pontos do aquário (onde serão postos os ovos). A iluminação deve ser feita apenas pela luz do Sol que entre indiretamente pela janela que está próximo a ele (ou no caso de o aquário estar num local sem iluminação diária, utilizar uma fonte de iluminação que simule a luz solar), pois os Ciclídeos sentem-se mais à vontade em água com iluminação natural. O pH para os Ciclídeos africanos deverá estar alcalino: se orindos do lago Victoria entre 7.2 e 8.6; se do Malawi entre 7.4 e 8.6; se do Tanganyika entre 7.8 e 9.0. O sistema de filtragem é importante para estes ciclídeos. Para os ciclídeos americanos e europeus, aconselha-se uma água neutra (7.0). Quanto à dureza da água, à excepção de algumas poucas espécies de ciclídeos, de um modo geral eles são flexiveis neste capitulo. O aquário não deve ter plantas e as trocas de água devem ser frequentes: eu trocava 40% de água todas as semanas. A água a usar deve ser velha (se chover aproveite esta água). Tenho a certeza de que os peixes também adoram a cor mais escura da água, onde se sentem mais confortáveis. Aos que não dispõem de um tanque para preparar a água, basta acrescentar um tronco comprado em lojas de aquários sem tratá-lo - apenas lavá-lo bem - no tanque. Caso tenha de recorrer a água da torneira recordo que esta deverá ser desclorada ou condicionada (com um produto que retire o cloro, cloramina e qualquer metal pesado que a água venha a possuir) e devidamente equilibrada, conforme os parâmetros do aquário, quanto ao pH, dureza e temperatura. A limpeza dos vidros, pedras ou objetos, para fins estéticos, deverá ser realizada todas as vezes que acontecer algum aparecimento de algas (estas normalmente aparecem por exposição em demasia à luz, pelo que para evitar ao máximo esta situação basta manter a iluminação do aquário ligada durante duas a 3 horas por dia. A temperatura deverá rondar os 28 a 30º C, pois o calor estimula o metabolismo dos animais, acelerando a desova e o crescimento dos filhotes. Se for a primeira tentativa de reprodução do casal, deve colocar-se no aquário um terceiro Ciclídeo de outra espécie. O terceiro peixe não é realmente muito necessário e pode-se fazer sem ele, mas ajuda os pais iniciantes a desenvolverem um instinto protector da ninhada que irão gerar, já que sentirão a cria ameaçada pelo invasor. Esse procedimento diminui as possibilidades dos peixes devorarem os ovos, e só é necesário na primeira vez do casal. O casal vai atacá-lo, e deixa-se que ataquem um pouco, sem correr risco de perder nenhum dos peixes. O intruso pode ficar por dois ou três dias e depois será retirado (se estiver a sofrer muito, tira-se antes). Depois da desova, mantém-se os pais com a cria até que eles comecem a rejeitar os filhotes. E isso varia muito - existem casais que esquecem os filhos e até os atacam depois de um mês da desova, e outros dos quais a cria atinge o tamanho quase adulto sem ser molestada. Lembre-se de que os Ciclídeos são pais muito competentes e protegem muito a cria - eu já fui mordido enquanto limpava o aquário. Algumas espécies (Mbunas, por exemplo), as fêmeas carregarão os ovos fertilizados na boca e os incubarão. As larvas chocarão após 14-21 dias. Quando estes chocarem (10-30 larvas), ainda permanecerão na sua boca durante 18-25 dias (dependendo da espécie e da temperatura). Quando os alevins alcançarem cerca de 1 cm, estarão aptos a alimentar-se e a nadar livremente. Quando as fêmeas carregam ovos, recusam-se a comer (característica que pode ser confundida com a doença hidropsia); a sua boca parece cheia, fazendo movimentos de mastigação frequentemente. Alimentam-se os peixes (inclusivé os filhotes) com um paté bem simples e barato, com a consistência farinhenta e que é baseado na mistura de coração de vaca, peixe congelado, fígado de vaca, espinafre, cenoura, camarão congelado, alface, algas tipo spirulina (daquelas que se compra nas lojas de produtos macrobióticos) e o que mais lhes der na telha. Mistura-se tudo, (os peixes adoram e crescem muito). bate-se tudo num liquidificador, acrescenta-se um saquinho de gelatina em pó sem sabor e vai ao lume em banho maria por cerca de trinta minutos. A mistura é espalhada numa bandeja de aço inoxidável e vai ao congelador até endurecer. Para a servir aos peixes, tira-se um pedaço e espera-se que ele descongele. Aí poderá ser servido. É um alimento extremamente rico. O ideal é alimentá-los duas a três vezes ao dia, o suficiente para a consumir até 2 minutos, deixando-os em jejum 1 dia na semana. Uma alimentação 90% herbívora e 10% animal (artémias) é a combinação ideal. A alimentação está ligada à agressividade, como veremos a seguir. Depois de um certo tempo os peixes maiores passarão a atacar os menores, e é hora de separá-los. Com cerca de 5 ou 6 centímetros os animais estão prontos para a venda. Eu dei e vendi cilcídeos Jóia, Nigrofasciatum e os Jack Dempsey nalgumas lojas e particulares espalhadas pela Terceira.
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Nome: Helostoma temminscki ou Beijador Origem: Sudeste da Ásia Comprimento: 30 cm pH: 6,5 a 7,5 dGH: 0 a 3º Temperatura: 23 a 26º C Sociabilidade: grupo Comportamento: territorial Reprodução: ovíparo Tamanho do aquário: 150 L O Beijador é um peixe pacífico que pode ser mantido em aquários comunitários. Ele só é um pouco agressivo com os de sua espécie, mas isso pode ser contornado se o aquário for grande, com pedras formando cavernas e uma densa vegetação. Dê preferência para plantas mais resistentes. Muitas pessoas acham engraçado quando eles se estão a beijar, mas na verdade eles estão é lutando. É semelhante à família Anabantidae, mas não faz ninhos de bolhas como os outros integrantes desta família. Aceita todo o tipo de alimentos desde flocos, até alimentos vivos. Atinge 15 cm de comprimento em cativeiro, sendo originários do sudeste da Ásia. São bem tolerantes quanto ao pH, que pode variar de 6,5 a 7,5, 10º GH, mas tome cuidado com a temperatura de 26º C que não deve variar muito, pois o beijador é muito sensível ao íctio. A sua cor mais conhecida é cor de rosa pálido ou amarelo. Como distinguir o macho da fêmea? Geralmente a fêmea é mais gorda que o macho. Apesar de ter um nome muito simpático, ele pode ser um peixe muito agressivo caso não goste do ambiente do seu aquário ou dos peixes ali colocados junto com ele. Outro defeito deste peixe é que adora vegetais e tem o costume de devorar todas as plantas do aquário, portando, se esta pensando em colocar plantas em abundância no seu aquário, vá-se preparando para vê-las a serem devoradas. Quanto à sua reprodução, pode-se dizer que é um peixe muito difícil de criar e reproduzir em cativeiro, quase que impossível. Nome: Betta splendens ou Combatente
Origem: Tailândia Comprimento: até 6 cm pH: 6,0 a 8,0 dGH: 0 a 4º Temperatura: 23 a 28º C O Betta é um lindo e resistente peixe que sofre com um engano comum a seu respeito, até mesmo entre os aquariófilos: tem a fama de ser incrivelmente agressivo e que deve ser mantido isolado. Isto NÃO é verdade! Em geral as fêmeas são absolutamente pacíficas, e os machos só são agressivos com outros machos da mesma espécie (eles lutam frequentemente até a morte).
O Betta diferencia-se da maioria dos peixes de aquário, pois pode ser mantido em pequenos recipientes, não necessitando de muita luminosidade, nem de oxigenação. Quando adultos, podem ser separados em cálices, frascos de compota ou de maionese, ou então em pequenos aquários de meio litro de capacidade. É um peixe resistente, forte, de cores iridiscentes, encontrado nas linhagens - vermelho, azul, verde, amarelo, preto, melano, camboja, borboleta, mármore, e mais um variedade de outros padrões, obtidos através de cruzamentos planejados. O seu órgão respiratório auxiliar é o labirinto, situado na cabeça, com uma série de cavidades ósseas revestidas por mucosa vascularizada. Como respira ar, pode permanecer fora de água por vários minutos. Aprecia água limpa, entre 23º e 28º C, suportando até 38º C; o pH da água não tem muita influência mas é preferível que seja neutra ou ligeiramente ácida. Ao comprar peixes Betta deve-se dar preferência a peixes jovens e sadios, bem talhados e com boa coloração. A fêmea é menor que o macho, tem barbatanas curtas, redondas e com cores mais esbatidas, podendo ser mantidas em aquários comunitários. Por mutação, temos o Betta de dupla barbatana caudal, cujos lobos devem ser iguais no formato e no tamanho. Esta variedade apresenta a barbatana dorsal maior, chegando a "fechar" com a caudal, e esta com a anal.
A água deve ser trocada com frequência. Se a alimentação for à base de paté, troca-se a cada dois dias; com outros alimentos que não turvam a água, a troca é feita entre três e sete dias. Os criadores profissionais costumam usar tubifex, ou outro alimento que se mantenha vivo, para prolongar a boa qualidade da água. Outros colocam plantas aquáticas, que além de servirem de "docel" ajudam a "conservar" a água.
De um modo genérico podemos equacionar da seguinte maneira: as larvas devem ser criadas em aquário durante pelo menos um mês, para melhor se acompanhar o seu desenvolvimento. Nesse período, há grande perda pois as larvas são mais susceptíveis a doenças, e é preciso alimentá-las várias vezes ao dia. Alguns criadores mantêm os filhotes todos juntos no aquário até aos três meses de idade, quando então separam os machos em recipientes individuais, sendo as fêmeas mantidas juntas. Outros criadores, tendo área disponível, colocam os recém-nascidos em tanques com vegetação, também até aos três meses, quando então retiram as fêmeas do tanque; os machos podem ser mantidos no tanque ou retirados para recipientes individuais. Qualquer processo tem as suas vantagens e desvantagens, cabe a você decidir o que lhe é mais apropriado. Nos tanque, os peixes têm tendência a desenvolver mais o corpo; nos vidros, as barbatanas. Os machos, ao atingirem três meses, passam a brigar, o que lhes ocasiona lesões nas barbatanas. Após separados, as lesões curam-se em três a quatro semanas. Cuidado especial devemos ter com os peixes criados em aquário ou em vidros, sejam eles alevins ou adultos, pois como respiram ar, este deve ser húmido, e se possível em temperatura próxima à da água. Por isso, os aquários precisam ser tapados, ou mantidos em temperatura acima de 21º C. Não se deve usar sabão ou detergente na limpeza dos vidros ou dos aquários. A limpeza é feita apenas esfregando-se bem as suas paredes com uma esponja ou bucha. A água a ser utilizada pode ser da torneira, mas precisa ser isenta de cloro, pois o Betta apesar de respirar ar, tem as suas mucosas atacadas por este gás. A água deixada ao sol ou bem aerada perde o cloro com mais rapidez - ou então deve usar-se o anti-cloro.
No terceiro dia (36 horas após soltar a fêmea), normalmente pela manhã, acontece a desova. Esta consiste no envolvimento da fêmea pelo macho, na altura do abdómen, ocasião em que ela solta os ovos, imediatamente fertilizados pelo macho, que os captura com a boca, às vezes ajudado pela fêmea, e os leva ao ninho. Este ritual prossegue até terminar a desova. Finda a desova (300 a 1.000 ovos), o macho volta a perseguir e maltratar a companheira. Ela deverá ser retirada do aquário, tratada e bem alimentada para que se recupere. O macho mantém-se dia e noite em vigília, apanhando com a boca os ovos que caem, recolocando-os no ninho. A eclosão ocorre em 24 horas, e as larvas transformam-se em alevins em três a cinco dias, findos os quais se retira o macho.
A fase crucial é a primeira alimentação, que, em excesso, turva e deteriora a água; se for pouca atrasa o crescimento. A alimentação nos primeiros cinco a sete dias deve ser constituída, de preferência, de infusórios. A partir daí, usam-se náuplios de artémia recém-nascidos. Na falta destes, com resultados menos promissores, pode-se alimentar as larvas com gema de ovo cozido passada por um pano, levedo de cerveja, microvermes, e assim que fôr possível, náuplios de artémia. O aquário deve ser tapado, com aeração fraca ou nenhuma, à temperatura mínima de 25º C, com umas poucas plantas (ex. Egeria densa). Troca-se parte da água quando apresentar turbidez, ou quando os filhotes se mantiverem na superfície. Com um mês de idade podemos notar um crescimento diferenciado dos peixinhos - se esta disparidade aumentar, os maiores poderão comer os menores, sendo necessária uma triagem, para separá-los por tamanhos em 2 aquários.
O fungo, que aparece inicialmente nas barbatanas, na boca e posteriormente no corpo, tem aparência de pequenos flocos brancos; ataca peixes fracos e desenvolve-se em água poluída. Faz-se o tratamento pela troca de água, um pouco de sal, azul de metileno ou permanganato de potássio e elevação da temperatura para 30º C. Se a doença já estiver em estado avançado, retire o peixe da água e limpe, com cuidado, as partes atingidas com um pedaço de algodão e aplique mercúrio-cromo. O íctio pode aparecer quando acontece uma queda brusca da temperatura. É uma doença muito conhecida dos aquariófilos, pelos seus pontinhos brancos, e ataca com maior intensidade os alevins. Vários factores propiciam o aparecimento deste parasita no aquário. Para efectuar o tratamento, aconselho adquirir medicamentos próprios, de uma boa marca, seguindo correctamente as instruções do fabricante.
Na foto poderemos ver alguns tipos e linhagens desta belíssima espécie. Os Anabantídeos são peixes muito vistosos. Possuem uma característica fenomenal; respiram tanto o oxigénio da água como o atmosférico, isto devido ao sistema complicado de respiração formado por labirintos situados na zona da cabeça e que lhes permite viver em águas mal oxigenadas como são os arrozais da Ásia. Outra característica é o facto das barbatanas pélvicas serem substituídas por antenas, que usam para o contacto com os indivíduos e detecção de comida. Normalmente são peixes de grande porte que vivem em casal. Alguns Anabantídeos podem sobreviver várias horas fora de água, respirando apenas pelo labirinto, desde que se mantenham húmidos. A Anabas testudineus, conhecida pelo nome de Perca Trepadora, é referida como sendo capaz de trepar a árvores e de viver fora de água por um ou dois dias. Além de fornecer aos aquariófilos escolhas adicionais para o aquário comunitário, alguns Anabantídeos conseguem resistir a temperaturas mais frias e podem ser mantidos em aquários não aquecidos, além disso, devido à sua capacidade de sobreviver em água com pouco oxigénio, podem ser mantidos em aquários muito pequenos e sem filtragem. Por outro lado alguns Anabantídeos ficam muito grandes ou, particularmente os machos de certas espécies, são muito territoriais. Reproduzir Anabantídeos pode ser muito agradável. Algumas espécies constroem ninhos de bolhas nas quais colocam os seus ovos enquanto outras, como alguns Ciclídeos, são incubadores bocais. O Anabantídeo mais comum é provavelmente o Betta ou Peixe Combatente (geralmente considerado da espécie Betta splendens mas que é provavelmente o resultado do cruzamento com outras espécies). Variedades conseguidas artificialmente e disponíveis no mercado, apresentam cores como o vermelho, o azul, o verde, o púrpura e muitas outras. Os machos foram seleccionados para ter barbatanas muito compridas e pode-se encontrar caudas duplas em ambos os sexos. Uma escolha melhor para ser mantido sozinho num aquário pequeno é o Peixe do Paraíso - Macropodus opercularis. Estes peixes são muito mais resistentes que os Betta e podem suportar temperaturas tão baixas como 15º C. A água chega a descer até aos 8º C nos dias mais frios de Inverno, mas os Peixes do Paraíso resistem. Os peixes do paraíso atingem os 12 cm de comprimento. Outro Anabantídeo muito comum é o Gourami Azul - Trichogaster trichopterus. Gouramis dourados, prateados ou mármore, são também comuns e são simplesmente variedades artificiais do Gourami Azul. Este peixe pode atingir os 15 cm. Não são tão agressivos como os Betta ou os Peixes do Paraíso, mas mais que um peixe num aquário pequeno pode conduzir a perseguições constantes ou mesmo a mortes. Irão dar-se bem em aquários com peixes de cardume grandes. Espécies semelhantes, embora um pouco mais pequenas incluem o Colisa fasciata, o Colisa labiosa, o menos agressivo Gourami Pérola - Trichogaster leeri e o T. microlepis. O Beijador - Helostoma temmincki atinge os 20 cm mas é um bom peixe para principiantes com aquários grandes. (Alguns autores consideram este peixe muito frágil). É pacífico, embora os machos concorram uns com outros pressionando os lábios e empurrando; é o chamado "beijo", do qual o nome do peixe deriva. A maior parte dos beijadores do mercado é da variedade cor de rosa. Os pequenos gouramis que apenas atingem os 5 cm, são também comuns. Estes incluem o Colisa lalia, o C. chuna e o Colisa Pôr do Sol (provavelmente um cruzamento entre C. lalia e C. chuna). Em teoria, todos estes peixes serão bons para o aquário comunitário. Na prática, estes peixes são frequentemente vítimas da reprodução massiva no Extremo Oriente (como outros peixes já descritos) e muitos são mesmo tratados com hormonas antes de vendidos, para os fazer parecer mais bonitos nos aquários das lojas. Uma boa regra é, "se um peixe parece demasiado bonito para ser verdade, comparado com peixes que já conhecemos da mesma espécie, então provavelmente foi adulterado". Embora difíceis de encontrar, os Anabantídeos que têm menos interferência humana na sua reprodução são geralmente melhores escolhas. Procure por exemplo o Betta incubador bocal - Betta pugnax, o ParospHromenus deissneri, o PseudospHromenus cupanus o Trichopsis vittatus, e o T. pumilus, cujos tamanhos variam entre 2,5 cm e 10 cm. Não compre os Gouramis Chocolate - SpHaerichthys ospHromenoides, são peixe muito frágeis ou o Gourami Gigante, OspHronemus spp., que atinge mais de 60 cm. Os peixes podem ser vítimas de doenças, sendo a maior parte destas reconhecidas e tratadas com alguma facilidade. Podemos contribuir em muito para evitar estas doenças, se cumprirmos algumas regras simples. A maioria das doenças é provocada por uma manutenção incorrecta do aquário, ou aquando da introdução dos novos peixes ou plantas: mesmo que aparentem boa saúde, estes podem trazer consigo parasitas, bactérias ou fungos.
Devemos sempre pensar na saúde como um equilíbrio entre o hospedeiro (peixe), agente agressor (físico, químico, biológico) e o meio (água). O aquário é um sistema fechado e tem um poder de auto depuração limitado. À medida que esta capacidade se vai esgotando, as condições da água vão piorando. Até o sistema entrar em colapso. A água é um solvente universal no nosso planeta. Assim, qualquer agente patogénico (que cause doença) difunde-se nela com rapidez, e os peixes vivem nesse ambiente em contacto directo com esses agentes. Os peixes têm um sistema imunológico que os defende de muitas agressões, mas não de todas e principalmente não durante todo o tempo. Eles produzem excreções como fezes, urina, amónia, e nadam num meio em que isto tudo está dissolvido. À medida em que o nível desses poluentes vai crescendo, os problemas vão aumentando. Por isto é tão importante evitar a superpopulação, fazer trocas parciais de água, a boa filtragem, a aspiração do fundo, o controle dos parâmetros físico-químicos, etc. Pelo mesmo motivo há gente que considera inadequada a formula de 1 cm de peixe para 1 L de água, pois 1 cm de uma Zebra não tem o mesmo significado de 1 cm de um Discus ou de um Escalar. Resumidamente, os três factores mais importantes na prevenção de doenças são: Desinfecção e quarentena para peixes e plantas novas, composição da água do aquário e alimentação. A quarentena: A melhor prevenção, consiste em escolher cuidadosamente os peixes que se adquirem e submetê-los a um período de quarentena, num aquário isolado, antes da sua introdução definitiva no aquário de destino. Caso os peixes entretanto desenvolvam doenças, o aquário de quarentena pode passar imediatamente a aquário hospital. Há muitas doenças que só se manifestam com o tempo e um período de 3 ou 4 semanas, normalmente é o suficiente para o seu aparecimento. Levar um agente patogénico para um sistema fechado é potenciar o aparecimento de uma doença, talvez uma epidemia. Por que não prevenir-se para que tal não aconteça? Fica muito mais barato e menos stressante para um bom aquariofilista e principalmente para os seus peixes, prevenir uma epidemia do que combatê-la. Também as plantas devem ser cuidadosamente limpas, passando-as várias vezes por água corrente. Podem ser mergulhadas durante alguns minutos numa solução de desinfectante próprio para plantas, que irá destruir todos os seres microscópicos presentes nas folhas. As condições da água:
Cuidado também quando limpa os vidros do aquário:
Os sinais de que um peixe poderá estar doente são:
Na Tabela abaixo têm tudo o que necessitam de saber (sintomas, as suas causas e os possíveis tratamentos) para identificar e tratar correctamente as doenças mais vulgares que afectam os nossos peixes: O ciclo do azoto acontece a partir do momento em que num aquário já temos peixes (ou outros animais aquáticos), plantas e alimento. O alimento consumido pelos animais quando é excretado e depois de algumas reacções transforma-se em Amónia. Para que o ambiente do aquário seja saudável para os seus habitantes, estes detritos devem ser parcialmente removidos, seja através de trocas regulares de parte da água ou da filtragem mecânica. O Dióxido de Carbono é eliminado, principalmente, com a oxigenação na superfície do aquário (mais uma vez a importância de um bom sistema de filtragem) ou através da fotossíntese das plantas. Todo este processo tem início com a conversão dos detritos e excrementos dos peixes em Amónia. As bactérias nitrificantes transformam-se em compostos tóxicos potenciais do nitrogénio (Amónia) em Nitritos e imediatamente a seguir, em Nitrato, através da oxidação bioquímica. Estas bactérias que têm o seu pH ideal entre 6.0 e 8.7 necessitam de oxigénio para sobreviver, sendo por isso denominadas de aeróbias. O Nitrato é o produto final da oxidação bioquímica. As plantas utilizam-no como fertilizante que removem da água. Porém, como nem sempre são capazes de consumir todo o Nitrato produzido que com o tempo se vai acumulando, surge a necessidade de trocas parciais da água para o reduzir a níveis aceitáveis (< 8ppm), evitando, assim o crescimento de algas. Caso não existam as bactérias nitrificantes no interior do aquário, o ciclo não ficará completo e os Nitritos não serão transformados sendo estes, por sua vez, mais tóxicos que os Nitratos. São capazes de bloquear a distribuição de oxigénio e matar os peixes por asfixia. Caso os níveis de Nitrito estejam elevados, pode haver algum problema com o funcionamento do filtro biológico, que é responsável pela criação de colónias de bactérias nitrificantes. A troca da água também ajuda a eliminar parte do excesso de Nitrito. Também o excesso de alimentos dados aos peixes assim como os excrementos e os restos vegetais, formam mais Amoníaco. Este Amoníaco transforma-se no fundo do aquário na presença de bactérias e de oxigénio, em Nitritos e depois em Nitratos. Estes Nitratos encontram-se por sua vez absorvidos pelas plantas que são comidas pelos peixes. O Amoníaco é tóxico em concentrações de 0.01mg/L, os Nitritos (NO2-) são tóxicos em concentrações de 0.1mg/L, oxidam o ferro originando que hemoglobina não transporte mais oxigénio, provocando a morte dos peixes por asfixia. Os Nitratos são tóxicos a partir de 50mg/L. Na tabela abaixo poderemos verificar os valores de Amónia, Amoníaco, Nitritos e Nitratos recomendáveis nos aquários: Concluindo, os Nitritos são um dos principais problemas do aquário, pelo que devemos ter sempre em casa produtos que possam resolver este problema. Um dos produtos que aplico para controlar os Nitritos é o Sera Nitrivec que contém bactérias líquidas que ajudam a eliminar os Nitritos e o Amoníaco. As bactérias nitrificantes não necessitam de luz mas são muito sensíveis à poluição química, variações de pH e sobretudo à falta de oxigénio, razão pela qual os filtros biológicos devem ser bem oxigenados. Neste ponto entram em cena as bactérias Nitrato redutoras que povoando zonas de anaerobiose (ausência de oxigénio), utilizam os Nitratos no seu metabolismo como fonte de oxigénio que o meio não lhes disponibiliza, libertando sob a forma de azoto livre, o azoto contido na molécula de Nitratos. Os Nitratos são ainda, no aquário, eliminados pelas plantas que por sua vez também os utilizam em seu benefício. Esta parceria entre bactérias e peixes, traduz-se numa interdependência: as bactérias dependem dos produtos que os peixes e as plantas lançam na água e os peixes dependem da eliminação pelas bactérias desses produtos para eles tóxicos. Esta parceria é da maior importância para que o equilíbrio dentro do aquário se mantenha. A acção dessas bactérias designa-se Filtragem Biológica. Cabe aqui alertar para o facto de este equilíbrio poder ser desmanchado pelo uso de antibióticos que para além de inconvenientes de ordem mais geral, tem como consequência matarem não só as bactérias patogénicas mas também as bactérias necessárias ao equilíbrio biológico. A expressão “sente-se como peixe na água” não é totalmente verdadeira se a água não possuir as características que o peixe necessita para se sentir bem e viver naturalmente. Senão vejamos:
Entre estes extremos temos ainda a considerar as chamadas águas salobras habitadas por espécies com certas características. As águas doces ou continentais apresentam-se com profundas diferenças de lugar para lugar, pelo que acontece, na maioria das vezes, que as águas da torneira que utilizamos para encher os nossos aquários, possuem uma composição bem diferente das águas de origem das espécies que pretendemos conservar e mesmo reproduzir. Por este motivo, apesar do poder de adaptação de muitas espécies ser uma realidade, assiste-se com frequência a uma mortalidade elevada. Existem métodos relativamente expeditos para medir o que se chama de dureza da água e que depende dos sais que contêm. Os reagentes de que o comércio de aquariofilia possui permitem obter dados bastante precisos. Conhecidas as características da água à nossa disposição poderemos escolher as espécies que mais nos convém para povoarmos o aquário, ou então dar-nos-á a possibilidade de efectuarmos correcções para manter um certo biótipo. O que é a dureza? Cientificamente a dureza é a quantidade de iões de Cálcio (Ca2+) e Magnésio (Mg2+) dissolvidos na água. Quanto mais dura for a água, maior será a concentração destes catiões. Estes ao combinarem-se com os aniões dos sabões (sais de sódio e potássio dos ácidos oleico, palmítico e esteárico) originam compostos insolúveis de cálcio e magnésio. Os sais presentes na água são os bicarbonatos, cloretos e sulfatos de cálcio e magnésio. As águas são macias ou duras conforme o seu comportamento com o sabão: uma água diz-se macia se produz espuma com uma pequena quantidade de sabão, por outro lado, numa água dura verifica-se um consumo acrescido de sabão. As águas naturais são geralmente duras nas regiões onde se encontram depósitos de calcário (CaCO3). As águas das chuvas dissolvem o Dióxido de Carbono (CO2) da atmosfera formando uma solução diluída de Ácido Carbónico que lentamente dissolve o calcário. O Carbonato de Cálcio é insolúvel em água mas o bicarbonato é solúvel, portanto, de uma maneira geral, este processo de dissolução envolve a transformação do Carbonato de Cálcio em Bicarbonato, o mesmo ocorrendo para o caso do magnésio. Fervendo a água verifica-se que o valor da dureza baixa sensivelmente. Este facto permite-nos classificar três espécies de dureza:
A maioria dos peixes e das plantas de aquário requerem ou adaptam-se a águas macias ou medianamente duras. Algumas espécies exigem águas muito macias, principalmente para se reproduzirem outros, como por exemplo os vivíparos, preferem águas mais mineralizadas. As águas duras da Europa têm a sua origem no conteúdo em cálcio enquanto a dureza das águas africanas é devida ao teor de magnésio. Já aludi à forma de amaciar uma água, mas quando pelo contrário há que a endurecer poderá usar-se rochas calcárias que vão libertando lentamente o calcário ou em alternativa junta-se 1 a 2% de água do mar. Não convém utilizar água fervida porque perde muitas das propriedades úteis ao equilíbrio do aquário. O que medem os testes de dureza para aquários? Basicamente existem dois testes de dureza utilizados em aquários, um que mede a dureza total – GH - (soma das durezas permanente e temporária) e um segundo que teoricamente mede a dureza em carbonatos - KH. O primeiro deles, chamado de dureza total (GH), permite saber se a nossa água é muito ou pouco mineralizada. Alguns peixes preferem águas muito mineralizadas, outras preferem água muito pouco mineralizadas. Como resultado o teste dá um número que em escala numérica representa a quantidade destes iões em solução. Esta escala foi convencionada da seguinte forma:
Nas imagens abaixo, tabela e medidores de dureza (teste e aparelho): Introdução: A água é para o peixe, o que a atmosfera é para os outros animais. Qualquer animal se ressente quando as condições atmosféricas se modificam, quando são obrigados a respirar num ambiente poluído ou impróprio para as suas condições de vida. É necessário que o seu aquário reproduza o mais fielmente possível as condições naturais. A água tem propriedades conhecidas que influem extraordinariamente nas condições de vida dos peixes… A poluição de qualquer tipo é uma das maiores causas de mortalidade dos peixes, e, mesmo que os peixes possam suportar pequenas doses de produtos químicos tóxicos, existem espécies que não os toleram e, em consequência, morrem mais cedo. O fumo de cigarros é um bom exemplo de intoxicação que produz os efeitos mencionados acima. Normalmente os valores da água num aquário devidamente estabelecido são controlados pelo filtro biológico . Mas tudo pode ser descontrolado por falhas inesperadas, ou mesmo por hábitos errados na alimentação dos peixes. Se temos um bom sistema de filtragem (mecânica, quimíca e biológica), porque razão os peixes morrem? O que falhou? A título de exemplo posso mencionar, algumas práticas que podem levar a situações que em nada beneficiam o bom funcionamento de um filtro biológico:
A Acidez e a Alcalinidade – O valor do pH: Os factores que influenciam o pH são vários e compreendem a iluminação, temperatura, gás carbónico, oxigénio dissolvido, vegetação, povoamento do aquário, alimentação, etc. O seu valor varia numa escala de 0 de um ácido puro a 14 de uma base química sendo o valor neutro 7,0. O pH é considerado como um bom indicador de um certo equilíbrio químico e biológico de uma água em geral e de uma água de aquário em particular. O baixo valor do pH (4,5 – 5) das águas extremamente doces dos afluentes do Rio Amazonas é devido aos ácidos húmicos em presença e à carência de calcários na região. Num aquário com águas mediamente duras ou duras não é possível manter um pH baixo e se isso acontecer será à custa de ácidos fortes. A medição diária do pH durante quinze dias seguidos poderá dar-nos a indicação do estado de equilíbrio de todo o sistema. Uma importante fonte de acidez do aquário tem origem no gás carbónico libertado pelos peixes e que se associa em parte à água. Este gás é tóxico para os peixes mas elimina-se facilmente. Uma parte, combina-se com a água e forma o ácido carbónico, que libertará iões de hidrogénio e provoca o abaixamento do pH. Outra parte irá reagir com o calcário presente no aquário, formando bicarbonato de cálcio e vai servir de tampão ao pH e à dureza total. A agitação da superfície livre da água permite a libertação de grande quantidade de gás carbónico arrastando também carbonato de cálcio (calcário) consigo. Num aquário bem plantado e fortemente iluminado, as plantas absorvem grandes quantidades de CO2 dissolvido, precipitando o bicarbonato de cálcio e dando lugar a um aumento do pH. Um aumento excessivo do pH favorece a eliminação do CO2 dissolvido. Acima de pH 8,5 não existe CO2 livre na água. Num aquário novo o valor do pH aumenta facilmente e vai muitas vezes para perto dos 8,5, no entanto como as águas novas tem tendência a saturar-se de bicarbonatos, passadas algumas semanas face ao fornecimento de CO2 pelos peixes e também pela acção das bactérias a situação inverte-se para a acidificação à medida que diminui a reserva alcalina. Este fenómeno é notável em aquários com areão não calcário como é o caso da sílica. Estes fenómenos são muitas vezes desencorajantes para os principiantes menos avisados, que os levam muitas vezes a substituir a água e o areão para começar tudo de novo e virem a deparar-se com as mesmas alterações. Como vimos, o excesso de CO2 é em parte eliminado pela formação de ácido carbónico que, por sua vez, é neutralizado parcialmente pelos elementos calcários porventura existentes no solo ou na decoração. Esta noção de poder catalisador e de reserva alcalina é importante, mas as quantidades não são geralmente exageradas na água que utilizamos. Uma forma de eliminar o CO2, como já referi, é manter a superfície da água bastante agitada. Existem métodos químicos artificiais para corrigir o pH que devem ser usados com alguma cautela ou em casos particulares como no caso de intoxicação por amoníaco:
Para manter o pH ácido naturalmente, pode-se colocar no aquário uns troncos ou turfa no sistema de filtragem (estes materiais devem ser bem lavados e preparados antes de se colocar no aquário pois podem tingir a água). Já para manter o pH básico (ou alcalino), colocam-se no aquário rochas calcárias, como mármore e dolomita, pedaços de coral ou conchas (importante se tiver um aquário com peixes do género Mollynésia). Se a água fornecida pela companhia da sua região for dura (poderá consultar nos testes que aparecem na sua factura da água) e os peixes que mantém necessitam de uma água mole, como é o caso dos Discus, existem algumas formas para se diminuir a dureza.
A Escala de pH: A escala de pH foi construída levando-se em conta a condição de equilíbrio. O valor 7 é dado como neutro pois equivale a condição de equilíbrio da água pura. Os valores abaixo de 7 indicam que a água é ácida e os valores acima de 7 indicam que a água é básica ou alcalina. Como a alteração destes valores é muito sensível, todas as correcções de pH no aquário devem ser feitas lentamente no máximo 0,2 unidades por dia para não causar problemas para os habitantes. O pH de um aquário pode ser facilmente determinado através de kits adquiridos em lojas do ramo. Esses kits possuem uma escala colorimétrica e um ou mais tubos de teste onde se coloca gota a gota a solução do indicador e por comparação da cor obtida com a da escala colorimétrica determina-se o valor do pH. Geralmente, este método apresenta bons resultados porém, as limitações encontram-se no indicador (substância responsável pela mudança de cor). Por exemplo, o Azul de Bromotinol (adquirido em casas da especialidade) que é muito usado em aquários de água doce, apresenta sensibilidade para mudanças de pH entre as regiões de 6,2 (amarelo) - 7,6 (azul). Valores fora dessa região não podem ser determinados (Fig. abaixo). O pH pode ser determinado de maneira mais precisa, com o uso de "pH-metro" que possui um eléctrodo combinado de vidro que é muito sensível a concentração de H+ (iões de Hidrogénio). Os pin points, como são chamados estes aparelhos, actualmente são facilmente encontrados nas lojas do ramo mas ainda são caros e exigem gastos extras referentes à manutenção periódica como troca de eléctrodos e soluções de calibração. Estes medidores de pH electrónico, funcionam com uma bateria de 9 volts que dura 6 meses, mesmo funcionando continuamente. Serve para medir o pH de aquários marinhos ou de água doce e plantados também. Serve também para lagos. Mede o pH de 2 até 12 (Fig abaixo). Nome: Hypostomus plecostomus ou Plecostmus Comum Origem: Amazónia Comprimento: 35 cm pH: 6,2 a 7,0 Temperatura: 20 a 26º C Reprodução: ovípara, mas muito difícil (rara) em aquários Comprimento mínimo do aquário: 90 cm De coloração geral cinza-amarelado todo pintalgado de manchas escuras, inclusivé as barbatanas. Estes peixes, dado o porte e os “gestos” vigorosos, só devem estar em aquários de grande tamanho e mesmo assim um só exemplar da sua espécie, pois, se bem que sejam inofensivos para os outros peixes, são extraordinariamente batalhadores entre si. São úteis pela sua grande voracidade por algas e restos de comida. É aconselhável ter um exemplar pequeno no aquário. Este peixe cresce bastante. Muitas pessoas adquirem-no como “faxineiro” para aquários pequenos, desconhecendo que ele pode atingir mais de 30cm. Já se ouviu falar de exemplares que chegaram aos 60 cm. Deve-se lhe fornecer comprimidos à base de algas spirulina, espinafres, ou outros alimentos vegetais sólidos. É pacífico e muito resistente. Os cascudos, são uma espécie muito apreciada pela sua boca de tipo “ventosa” que se fixa no vidro e nas pedras para retirar alimento. Não tolera sal na água (pode levá-lo à morte). Pode ser alimentado com pedaços de batatas introduzidas de noite e retiradas de manhã. Não tente apanhá-lo com a mão, pois poderá espetar-se com a barbatana dorsal. O Cascudo fascina as pessoas por sua aparência decididamente diferente de qualquer outro peixe, com a sua boca em forma de ventosa que lhe permite aderir a qualquer superfície. Se tem um aquário que recebe excesso de luz solar este é o peixe ideal para tentar contornar o problema de excesso de algas. No entanto é um erro deixar o seu Cascudo alimentar-se somente de algas e sobras de comida. Normalmente nota-se que estão esfomeados quando tentam raspar as pedras já sem algas ou vão atrás de outros peixes. A sua reprodução torna-se complicada, em primeiro porque é muito dificil distinguir as características sexuais e em segundo requer um aquário demasiado grande, cerca de 500 ou 600L. Nome: Pterygoplichthys gibbiceps ou Plecostomus Vela de Leopardo Origem: muito disperso nas regiões peruana e brasileira do Amazonas Comprimento: 45 cm pH: 6,5 a 7,8 dGH: 4 a 20º Temperatura: 20 a 26º C Capacidade do aquário: 250 L Actualmente criada para fins comerciais no Extremo-Oriente, esta espécie, encontra-se entre as 10 espécies de Cascudos mais populares do mundo. Os adultos só devem ser colocados em aquários grandes, embora os jovens possam ser alojados em tanques com dimensões mais modestas; no entanto, devem ser transferidos para um espaço mais maior quando as suas dimensões não permitirem a sua manutenção naquele local. Este peixe é ideal para quem procura um companheiro ideal para os Ciclídeos e Caracídeos da América do Sul. Fazem parte da sua dieta alface, ervilhas, espinafres, camarões inteiros e grânulos. Os machos são mais coloridos e delgados que as fêmeas. Não é possível a sua reprodução num aquário. Na Ásia esta espécie é criada para fins comerciais em charcos. Os indivíduos adultos defendem com vigor o seu território e podem infligir danos nas barbatanas dos outros exemplares da mesma espécie se estiverem alojados num aquário demasiado pequeno ou estiverem esfomeados. Nome: Ancistrus temmincki ou Plecostomus de Nariz Eriçado Origem: Bacia Amazónica Comprimento: 15 cm pH: 6,8 a 7,2 dGH: 4 a 20º Temperatura: 22 a 28º C Capacidade do aquário: 100 L Comportamento social: pacífico e sozinho Parentes muito próximos dos Cascudos, diferenciam-se por possuírem inúmeras ramificações na frente dos olhos, principalmente os machos. Reproduzem-se em aquários com certa facilidade, sendo o macho extremamente zeloso para com os filhos. Excelente comedor de algas, mas deve-se sempre atentar para que não falte suplemento vegetal para eles. Altamente indicados para o aquário comunitário. È uma das 50 espécies do seu género. Os indivíduos que têm pelos no focinho são óptimos preparadores para um tanque comunitário e como são fortes e robustos e extremamente tolerantes, adaptam-se a quase todos os tipos de água. Estes peixes são utilizados para limparem o excesso de algas nas paredes dos aquários. A sua dieta é constituída por algas, frutas, plantas e pequenos animais invertebrados. Os machos apresentam pelos muito característicos na cabeça, durante o período de reprodução. Apesar de defenderem com vigor o seu território de elementos da mesma espécie, são em regra pacíficos em relação aos outros peixes. Na figura abaixo apresenta-se a varidade albina desta espécie. Na galeria poderá observar outras variedades de Cascudos
Nome: Corydoras adolfoi ou Peixe-gato de Adolfo Origem: Nos braços de água límpida do Rio negro do Brasil Comprimento: 6 cm pH: 6,5 a 7.0 Temperatura: 22 a 25º C Capacidade do aquário: 61 a 100 L Uma das espécies mais bonitas de Corydoras, que se distingue pela grande mancha cor de laranja e pelo elevado preço a que é comercializado! Contudo, o padrão do corpo, sobretudo a máscara preta que abranje os seus olhos, é comum noutras espécies de Corydoras. A correcta identificação destas espécies, é, regra geral, auxiliada por outro factor, como por exemplo, as marcas complementares existentes no corpo ou as manchas escuras presentes na barbatana dorsal. A Corydora de Adolfo, foi descoberta há pouco tempo nos braços de água do Rio Negro. Da sua dieta fazem parte, como na maioria dos Corydoras, larvas de insectos, vermes aquáticos e uma grande variedade de pequenos crustáceos e invertebrados. As fêmeas adquirem uma forma ligeiramente mais robusta quando transportam os ovos. Depositam os ovos ao acaso. Nome: Corydoras aeneus (Var.albina) ou Corydora Albina Origem: Amazónia, Venezuela e Guiana Francesa Comprimento: 7 cm pH: 6,5 a 7,2 dGH: 10 a 15º Temperatura: 21 a 27º C Capacidade do aquário: 61 a 100 L A Corydora Albina é uma espécie muito bonita, e desempenha a mesma função das demais Corydoras. Este tipo de peixe é originário da América do Sul e seu tamanho chega a atingir aproximadamente 7cm e sua temperatura ideal é entre 20 a 30º C., o pH ideal é por volta de 7,0 (neutra). A sua cor mais conhecida é vermelho-marron. Como distinguir do macho da fêmea? O macho tem as barbatanas ventrais arredondadas e a fêmea tem as barbatanas ventrais ponteagudas. Quanto à sua reprodução pode-se dizer que é um peixe muito difícil de criar e reproduzir. O seu acasalamento é feito em grupos, tendo que se separar alguns machos para uma fêmea, para que ela escolha um macho e se coloque no fundo do aquário para captar o esperma, sendo fecundada. Os ovos são depositados no aquário e os pais devem ser retirados para que não os devore. Depois de aproximadamente 96 horas os ovos irão eclodir e nascerão os avelins que vão para o fundo do aquário. Nome: Corydoras acrensis ou Corydora Acrensis Origem: Brasil: Acre - Furo do Lago São Fransisco Tamanho: 5,5 cm Temperatura: 23 a 26º C pH: 6.5 a 7.2 Comportamento: Pacífico Capacidade do aquário: 61 a 100 L Este Corydora tem um padrão muito bonito e é um membro muito popular do seu género. O seu corpo cinzento-amrelado, encontra-se coberto de pintas escuras; Junto aos olhos apresenta uma faixa escura oblíqua. Na barbatana dorsal existe uma mancha igualmente escura que se espalha pelo corpo e que abranje uma área desde a base da barbatana sorsal até ao ponto de intercepção das duas fileiras de escamas ósseas. Da sua dieta fazem parte vermes, crustáceos, insectos, derivados de plantas e alimentos secos. Nome: Corydoras aeneus ou Corydora Bronze Origem: Amazónia, Venezuela e Guiana Francesa Comprimento: 7 cm pH: 6,0 a 8,0 dGH: 10 a 15º Temperatura: 22 a 24º C Capacidade do aquário: 61 a 100 L Esta espécie é uma das que pode ser mais facilmente encontrada nas casas de aquariofilia. O seu corpo é arqueado, e o seu comprimento pode atingir até 7 cm. A partir da boca, a sua cabeça é inclinada, tendo à volta daquela três pares de barbilhos. O macho e a fêmea diferenciam-se na sua região superior: a fêmea é mais larga atrás das barbatanas peitorais e o macho nos pontos de inserção dessas barbatanas. Este peixe deve ser colocado em aquários comunitários, com comprimento até 45 cm, de preferência com indivíduos da mesma espécie, mas nunca sozinho. A criação dos recém nascidos não apresenta qualquer problema e o processo de postura pode facilmente ser provocado descendo apenas um pouco a temperatura média da água, que para estes peixes se deve situar entre os 19º C e os 26º C. A sua dieta consiste em vermes, crustáceos, insectos, derivados de plantas e alimentos secos. Para reprodução desta espécie tem que se ter um grupo entre 3 e 5, e não mudar a água 5 meses antes. Quando quiser que elas se reproduzam, tire entre 50% e 75% da água e meta água vinda directamente da torneira, sem o uso de qualquer produto. Uns dias depois desovam e a eclosão dá-se entre 3 e 5 dias. Depois de absorverem o saco vitelino os alevins (transparentes) podem começar a comer artémia salina recém eclodida. Poderá observar outras variedades de Corydoras na Galeria. |
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March 2018
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