O grande problema da qualidade é que muitas vezes escapa ao primeiro olhar... Por exemplo, uma cópia de um quadro valioso, é idêntica ao original para a maior parte de nós, mas vale poucas dezenas de euros enquanto o original poderá custar dezenas de milhar. Com os peixes tropicais as coisas complicam-se ainda mais. Um peixe sem qualidade, pode ser mais bonito, vistoso, colorido e grande, quando comparado com outro, com qualidade. Como comprar peixes? Na comprar dos peixes é necessário um certo cuidado, já que hoje em dia o que não falta são vendedores mal intencionados, prontos para o enganar. Ao comprar um peixe, a primeira coisa que precisa de fazer é encontrar um vendedor que seja realmente de confiança. Este vendedor, caso o encontre, será um grande companheiro na escolha dos peixes. Agora, tendo um vendedor de confiança como seu aliado, procure observar bem o comportamento dos peixes. Peixes apáticos, que fiquem parados num canto do aquário ou que nadem numa posição estranha, que tenham as barbatanas rasgadas ou qualquer outro dano no corpo, apresentem sinais de doença tais como pontos brancos ou qualquer tipo de manchas no corpo, devem ser rejeitados. Também deve ter em atenção a coloração da água onde se encontram os peixes: se esta não estiver cristalina, desista de comprar os peixes, pois é sinal de que a essa água foram adicionados produtos químicos com vista a esconder alguma doença que os peixes possam ter. O mais certo é eles morrerem passados três a quatro dias, com a agravante de a doença ser contagiosa e se propagar aos restantes espécimes que já se encontravam no seu aquário! Portanto, o ideal é que veja o peixe num aquário limpo, nadando alegremente, com as cores bem vivas e nenhum dos sintomas acima descritos. Para os primeiros contactos com a aquariofilia, não se deve optar por comprar peixes demasiado caros, pois estes normalmente são mais difíceis de manter, requerendo algum conhecimento e prática, como é o caso do Disco, que necessita de cuidados especiais. Obviamente que também não se devem comprar peixes que não passaram pelo período de quarentena ou cuja proveniência é duvidosa, mas neste caso, conforme já anteriormente referi, só escolhendo uma boa loja. O melhor mesmo é pedir uma opinião a alguém que seja conhecedor. Depois de escolhidos, chegou a altura de os transportar para casa. Se a viagem for grande ou se passarem mais de duas horas até chegar com eles ao seu aquário, peça ao vendedor para introduzir oxigénio no saco de transporte dos peixes. Esse saco deve ficar com mais ar do que água, por isso não estranhe, porque esse ar é importante para que os peixes não asfixiem dentro do saco. Antes da introdução definitiva dos peixes no aquário (ver imagem em baixo), deve colocar o saco, sem o abrir, a flutuar na água durante pelo menos 20 minutos. Isto porque após o transporte, a temperatura da água do saco e a do seu aquário pode variar e isso constitui um grande choque para o peixe. Também pode colocar o peixe juntamente com a água do saco num recipiente largo onde, muito lentamente, vai trocando essa água por água do aquário de destino. Do género: tirar um pouco de água, tornar a encher com água do aquário... A água que veio no saco, da loja para a sua casa, pode transportar doenças e nunca deve passar para o seu aquário, aquando da introdução dos peixes. NUNCA despeje o saco directamente para o seu aquário. De um modo geral os critérios de má qualidade num peixe são: Condições de crescimento: que aditivos foram usados na dieta e na água:
Más origens e motivos:
Infelizmente estamos limitados na diversidade de peixes portugueses, poucos de nós fazemos reproduções em grande escala e quando o fazemos não conseguimos escoamento... Os importadores ignoram os que tentam criar peixes em Portugal: afinal mandam vir esses peixes da Ásia a metade do preço do que custa cá a criá-los. Os peixes de melhor qualidade do mercado são os que têm menos aceitação nesse mesmo mercado. De qualquer modo, de aquariofilistas portugueses, é geralmente possível obter espécies como:
Regras básicas da compatibilidade entre peixes: Pela simples observação, consegue-se determinar alguns princípios que se adequam a quase todos os casos. Assim são as regras de compatibilidade. Veja as mais comuns:
Qual a quantidade e o género de peixes a colocar? Existe uma regra muito simples e eficiente para calcular a quantidade de peixe. Segundo esta regra, pode-se colocar até 1/2 do volume total, em centímetro de peixes. Segue-se, pois, a regra de 1 cm de peixe (excluindo a cauda) para cada dois litros de água do aquário. Sendo assim, se o seu aquário possuir 450 litros, você pode colocar até 225 cm de peixes. Como é lógico esta regra varia muito. Ela só serve para os peixes de tamanho pequeno a médio. Ter dois peixes de 45 cm num aquário de 180 litros, por exemplo, não é o mesmo que ter 10 peixes de nove centímetros cada. Os peixes muito grandes requerem um espaço muito maior para viverem com um pingo de conforto. Ao observarmos um aquário comunitário, percebemos também que cada uma das espécies de peixes tem preferência por determinadas áreas do aquário. Há os que preferem nadar junto da superfície, outros gostam mais da parte média e ainda os que nadam quase sempre pelo fundo. Existem também outros que nadam por toda a parte do aquário. É importante escolher os peixes de acordo com estas suas preferências para que o aquário comunitário se torne esteticamente agradável. Outra das razões para se escolherem peixes para os vários níveis da água tem a ver com a alimentação. Os peixes de superfície são alimentados com flocos ou outros alimentos flutuantes. Com a corrente da água ou com a agitação feita pelos próprios peixes ao comer, esses alimentos acabam por cair para o fundo e apodrecer, caso não existam outros peixes nos níveis mais baixos da água que os consumam. Obviamente que existem e devem ser fornecidos regularmente alimentos próprios para os peixes de fundo, tais como comprimidos que se afundam rapidamente, ou pastilhas para prender ao vidro. Os peixes que nadam pela zona intermédia do aquário, normalmente acabam por se alimentar de todos os alimentos referidos. A forma anatómica e a posição da boca também nos indicam qual o nível de profundidade em que o peixe normalmente habita. Os peixes de superfície têm quase sempre uma superfície dorsal direita e a boca virada para cima. Os do nível intermédio possuem a boca na extremidade da cabeça, mesmo na zona central. Os peixes do fundo apresentam a boca virada para baixo e a superfície ventral lisa. Se é principiante, ficam aqui alguns exemplos de peixes mais comuns para um aquário comunitário bem distribuído:
Na esperança de terem ficado elucidados, fico à disposição para qualquer questão pertinente.
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March 2018
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