A família dos Caracídeos constitui um dos grupos com maior número de espécies. Conhecem-se actualmente cerca de 700 espécies. Um dos traços mais marcantes desta diversidade é a ausência de barbilhões. Os dentes são numerosos e de diferentes tipos, em função do seu regime alimentar. A forma e a disposição dos dentes constituí um meio, entre outros, de classificar uma espécie e de a nomear em função das regras internacionais da nomenclatura zoológica.
Este peixe de coloração verde prateada distingue-se pela região vermelha e brilhante que se situa na parte superior dos olhos (a que deve o seu nome). É bastante pacífico pelo que é ideal para aquários comunitários (apenas gosta de morder levemente as plantas mais tenras). A temperatura ideal da água situa-se entre os 21 e os 29º C e o seu comprimento atinge no máximo 4,5 cm. O macho apresenta uma coloração mais exuberante e a reprodução é bastante simples e rápida. Pequeno e muito ágil, o Olho de Fogo, parece sempre estar de bem com a vida. Nunca molesta ninguém e é muito sociável. Este peixe com os olhos avermelhados se destaca-se em qualquer aquário, principalmente se a parede do fundo do aquário for escura. Prefere viver em aquários com muitas plantas, apesar de que se deve deixar espaços livres para que possam nadar livremente. A alimentação desta espécie é variada, aceita de tudo, principalmente ração em flocos e alimentos vivos. Não atingem mais que 4 cm em aquários. Devemos adquirir no mínimo 5 a 10 exemplares, já que vivem em grupos. O Olho de Fogo não vive feliz se ficar sem os seus "companheiros". A sua reprodução, não é difícil em aquários, apesar de a fêmea depositar os seus ovos em qualquer lugar do aquário (geralmente ficam "colados" às plantas) e o macho fecundá-los sem muito cuidado. Para que obtenha sucesso, o casal deve ser retirado do aquário após a desova, pois geralmente alimentam-se das suas crias. Quando o par começar a nadar emparelhado, observe-os atentamente pois provavelmente estão a acasalar. A eclosão dos ovos ocorre após 30 horas no máximo. A alimentação dos alevins é um tanto complicada, mas com certeza o aquariófilo menos experiente conseguirá alimentá-los com nauplius de artémias, recém eclodidas. O aquariófilo tem 3 dias para conseguir alimentá-los, portanto deve programar a eclosão das artémias para que coincida com a eclosão dos alevins. O macho difere da fêmea pelo corpo mais transparente e mais esguio. Outras espécies da variedade Hemigrammus : Nome: Abramites microcepHalus ou Abramites Origem: América do Sul Comprimento: 12 cm pH: 6,6 a 6,8 dGH: 8º Temperatura: 25 a 28º C Comportamento: pacífico Reprodução: ovíparo Tamanho do aquário: 70 L Alimentação: fundo Iluminação: 10 hrs por dia Comentário: O Abramites, é um peixe muito interessante no aspecto visual e de comportamento. Este peixe mantém-se a maior parte do tempo nadando em posição de 45 graus lembrando muito o Chilodus. Alimenta-se de rações e principalmente de plantas com folhas macias, portanto, para que não estrague as plantas do aquário, a sua dieta principal deve ser de rações à base de Spirulina. Facilmente adaptável em novos lares, o Abramites dificilmente ataca ou perturba outros peixes com natação activa. Mas ocasionalmente pode correr atrás de peixes parados no fundo como cascudos. Dificilmente ultrapassa 12 cm em aquários. Deve ser mantido em grupos de pelo menos 3 exemplares, para que não se sinta só. Os aquários maiores que 100 litros são os ideais para a espécie. A distinção de sexo deste Caracídeo é muito difícil assim como a sua reprodução em cativeiro. Nome: Anostomus anostomus ou Anostomus Listado Origem: América do Sul Comprimento: 15 cm pH: 6,0 a 8,0 dGH: 2 a 25º Temperatura: 22 a 28º C Compatibilidade: comunitário Comida: seca, vegetal, viva Habitat: médio, fundo Comentário: Não se reproduz com regularidade em cativeiro. Normalmente reproduzem-se mais aos pares do que em cardume, sendo difícil distinguir os sexos. A fêmea é tendencialmente mais encorpada do que o macho. Os ovos são semi-adesivos, pelo que o aquário a preparar deve conter plantas e apresentar uma camada de berlindes, ou varetas de vidro no fundo. A profundidade da água deverá ser de 20 cm para os Caracídeos mais pequenos. A água a utilizar é água da chuva com turfa misturada, depois de filtrada. A temperatura ideal é de 22 a 27º C e a iluminação deve ser difusa (recorrendo a papel para obter esse efeito se fôr necessário). A desova ocorre, regra geral, à noite e os ovos são muito pequenos. Assim que tal acontecer, deve-se proceder à remoção dos progenitores. Alimentar as crias com comida apropriada. Os primeiros 8 dias de vida são caracterizados de um crescimento muito rápido. Agressivo para com os da mesma espécie. No entanto, é pacífico se fôr mantido com outras espécies ou só com vários exemplares da mesma espécie. Saltador poderoso. Manter o aquário fechado. Nome: ApHyocharax anisitsi ou Barbatanas Vermelhas Família: Caracídeos Origem: Argentina, Rio Paraná Tamanho: 5 cm pH: 6,0 a 8,0 dGH: até 30 º Temperatura: 18 a 28º C Comportamento: pacífico Tempo de vida: 10 ou mais anos Nível de água: cimo e médio Dieta: omnívoro Comentário: Adequado para o pequeno tanque comunitário, mas precisa de muito espaço para nadar. o Barbatanas Vermelhas pode ser considerado como o Caracídeo correspondente aos Danios da família dos Ciprinídeos, porque passa a maior parte do tempo nos níveis intermédios e superiores da água. Na natureza recolhe a maior parte dos alimentos junto à superfície da água. Trata-se de um peixe esguio e prateado, cujo aspecto quase discreto é embelezado pelas barbatanas cor de sangue e pelo brilho azulado que exibe quando fica exposto à luz. A barbatana anal do macho possui pequenos ganchos, utilizados durante a desova, os quais podem ser danificados quando se apanha o peixe com uma rede; por esta razão, o peixe deve ser manuseado com muito cuidado. Trata-se de um voraz comedor de ovos. Nome: Poecilobrycon eques ou Peixe lápis de Cauda Castanha Origem: América do Sul Comprimento: 5 cm pH: 6,0 a 7,5 dGH: 5 a 10º Temperatura: 21 a 28º C Capacidade do aquário: 60 L Reprodução: ovíparo Iluminação: luz fraca Comentário: Este tipo de peixe é originário do Amazonas onde também é conhecido por “Bengalinha”. O seu tamanho chega a atingir aproximadamente 5 cm e a sua temperatura ideal varia entre 21 a 28º C. A sua cor mais conhecida é oliva claro com listras pretas. Sendo um peixe vagaroso, não conseguirá alcançar os alimentos antes que os outros peixes comam tudo, por esse motivo é aconselhável mantê-los em aquários separados. Quanto à sua reprodução pode-se dizer que é um peixe muito difícil de criar e reproduzir, pois são muito sensíveis. É um peixe que gosta de ficar parado, parecendo ser bem tímido, mas o que gosta mesmo é de se mostrar para os que o vão observar. Fica na superfície o tempo todo. Mas é um peixe muito assustado, portanto pancadas no vidro ou aproximações muito rápidas de pessoas ou até do próprio criador é desaconselhável. Ele fica louco e bate com força nas paredes e magoa-se, o que nós não vamos nem cogitar em querer. Gosta muito de comida em flocos, mas dos pedaços maiores, ignora os pedaços pequenos. Nome: Carnegiella strigata ou Peixe Borboleta Origem: Peru, Guiana Comprimento: 4 a 8 cm pH: 6,0 a 6,5 dGH: 5 a 10º Temperatura: 22 a 28º C Comportamento: pacíficos, ideais para aquários comunitários Comentário: De todas as espécies de borboletas, que compõem a família dos Gasteropelecídios, a borboleta pintada é mais popular e a mais indicada para aquários comunitários, pela sua beleza, temperamento extramemente pacífico e simpático. O seu tamanho médio é de 4 a 5 cm. Na natureza, eles vivem em cardume, por isso se você pretende criá-los, nunca os deixe sozinhos, quanto mais exemplares de sua espécie melhor. Outra dica importante é manter sempre o aquário tapado pois é considerado uma óptimo saltador, principalmente quando avista algum mosquitinho fora d'água, devido ao formato do seu corpo e tamanho avantajado das suas barbatanas peitorais, ele voa literalmente. O borboleta tem uma aparência bem diferente, o seu corpo é de cor parda, meio castanho dourado, com 3 listas marrom escuras, que lhe dão um aspecto marmóreo. A parte dorsal é num tom mais escuro e uma faixa amarela em sentido longitudinal se prolonga das brânquias até o começo da cauda. O formato do corpo desperta muita atenção, as barbatanas pélvicas são tão pequenas que quase não são notadas, o formato da boca só permite que ele coma alimentos na superfície, o seu corpo curto e achatado lateralmente apresenta a região anterior em formato de quilha de navio, de onde partem suas desenvolvidas barbatanas peitorais. De comportamento muito dócil, o borboleta nunca ataca um companheiro. Eles também não são muito exigentes, a temperatura da água deve estar entre 23 e 28º C, pH de 6,0 a 6,5, água mole com 10 dH aproximadamente. O ambiente deve ser bem plantado, use iluminação suave. Forneça-lhes somente alimentos que possam comer na superfície, devido ao formato da sua boca (para cima) e também por ser um peixe de superfície, além dos insectos vivos, pode dar dáfnias, tubifex e comidas secas. Como padrão pequenas quantidades de alimentos floculados, para peixes tropicais, devem ser fornecidos, duas vezes ao dia. É conveniente acrescentar esporadicamente, artémia salina, tubiflex, dáphnia ou larvas de insectos. Reprodução Ovíparos. Reproduzem-se em cativeiro e os pais preservam os ovos.A reprodução do borboleta pintada em aquários é muito rara, é necessário muita sorte. Pouco se sabe sobre a sua reprodução, algumas informações é de que a água deve estar em 29º C, que a fêmea desova nas plantas de superfície e os ovos são imediatamente fertilizados pelo macho. Cerca de 30 horas depois eles eclodem e as larvas ficarão durante 5 dias penduradas nas folhas, absorvendo o saco vitelino. Os alevins só irão adquirir a forma adulta com 20 dias, caso você tenha muita sorte e consiga reproduzi-los, alimente com infusórios e naúplios de artémia salina. Nome: Paracheirodon simulans ou Tetra Néon Falso Origem: Bacia Amazónica, Colômbia e Venezuela Comprimento: 3,5 cm pH: 5,5 a 6,0 dGH: Até 7º Temperatura: 23 a 27º C Comportamento: pacífico, peixe de grupo Reprodução: ovíparo Capacidade do aquário: 30 L Comentário: Esta variedade de Néon, é encontrada na América do Sul, entre o Rio Branco e o Rio Demini, afluente do Rio Negro. Tem um corpo fino e fusiforme e o seu dorso é acinzentado a esverdeado. Possue uma linha lateral que se prolonga desde o olho até à barbatana caudal e uma linha avermelhada que se estende desde o meio até à cauda. O seu vente é branco e possui uma barbatana adiposa. É denominado de Néon Falso, devido às parecenças com os seus primos, o Paracheirodon axelrodi (cardinal) e o Paracheirodon innesi (néon), mas os tons das suas cores não têm tanto brilho. Gosta de uma água pobre em minerais e ácida. A fêmea é um pouco maior que o macho. Éum peixe gregário, pacífico, mas muito sensível aos nitratos. A adição no aquário de CO2 é importante, pois permite manter a acidez da água e favorece a fotossíntese. O aquário deve estar bem plantado e conter plantas de superfície de modo a manter algumas zonas de sombra. Devemos no entanto disxar algum espaço livre para esta espécie evoluir e se alimentar. A filtragem é importante e deverá ter a capacidade de filtrar uma a uma vez e meia o volume de água do aquário por hora. A sua reprodução é similiar à dos outros Tetras, mas trona-se bastante difícil em virtude da dureza da água que é necessário obter (dureza inferior a 2º para um pH de 5,8). Aprecia comida viva, alimentos liofilizados e flocos pequenos. Nome: Nannaethiops unitaeniatus ou Caracídeo Africano de uma Lista Origem: África Ocidental tropical até ao Nilo branco Comprimento: até 6,5 cm pH: 6,5 a 7,5 dGH: 12º Temperatura: 23 a 26º C Compatibilidade: tanque comunitário Comprimento do aquário: 60 cm Dieta: crustáceos, insectos, alimentos secos, vermes Comentário: Espécie de corpo moderadamente alongado, boca minúscula, uma barbatana adiposa grande e uma linha lateral completa. De dorso marron ou marron-oliva e ventre e parte superior da cabeça com reflexos prateados. Uma faixa escura atravessa o peixe desde a boca até à barbatana caudal. A parte inferior do pedúnculo caudal é rosada. As fêmeas ficam maiores que os machos mas não apresentam a mesma exuberância de cores. A água deve ser ligeiramente ácida. O aquário deve ser colocado em local onde possa receber luz do sol durante a manhã; o Caracídeo africano espalha os seus ovos em qualquer ponto do aquário, mas também come os seus próprios ovos. Este peixe vivaz mas tão pacífico é indicado para um tanque comunitário, mas precisa de espaço para se movimentar á vontade. Prefere o nível inferior do aquário. A água deve ser ligeiramente ácida. O aquário deve ser colocado em sítio onde possa receber alguma luz do sol durante a manhã. Nome: Chalceus macrolepidotus ou Chalceu de Cauda Vermelha Origem: América do Sul Comprimento: 24cm pH: 6,2 a 7,5 Temperatura: 25 a 28º C Comportamento: semi-agressivo Alimentação: carnívoro Reprodução: ovíparo Capacidade do aquário: 200 L Comentário: Os peixes do género Chalceus são membros do emorme grupo de Tetras. Esta ordem é tipificada por características comuns a algumas espécies de Characiformes. Por exemplo, a maior parte tem dentes bem desenvolvidos e a barbatana adiposa habitualmente é visível. Os seus corpos quase sempre são cobertos de escamas ctenóides (diz-se de um género de escamas com o bordo posterior denticulado), as barbatanas anais são curtas a moderadamente compridas e não têm barbilhos, entre outras características. O Chalceus tem afinidades com os Brycon, sendo por isso, frequentemente incluídos no género Bryconídeos. Conecem-se quatro espécies do género Chalceus. Duas delas percorrem o circuito comercial. As outras duas, mais raras, só raramente são vistas em aquários (Chalceus latus, Jardine 1841 e Chalceus taeniatus, Jardine e Schomburgk 1841). As duas espécies que se encontram no comércio são o Chalceus erythrurus (Cope 1870) na figura abaixo, e o Chalceus macrolepidotus (Cuvier 1817). Gostam de encontrar em cativeiro as mesmas condições físicas que encontram na natureza. Gostam de bastante espaço (1/3 de m2 da superfície do aquário por espécimen). O aquário deve conter locais sombrios e bem plantados e uma água agitada. Preferem uma água ligeiramente ácida ou neutra e uma temperatura a rondar os 27º C. No entanto, e uma vez adaptados às condições do aquário, acabam por aceitar uma grande gama de qualidade de água. É essencial haver uma boa capacidade de circulação de água, uma boa oxigenação não provocando no entanto grandes movimentos à superfície. Gostam também de uma boa quantidade de plantas flutuantes. Têm instintos territoriais gostam de caçar e perseguir espécies mais pequenas, chegando a tornarem-se bastante agressivos. Não está registada a reprodução em cativeiro Na natureza estes peixes nadam perto da superfície, chegando a saltar fora de água para apanhar insectos e larvas. Gosta também de crustáceos e de vermes. Se alimentados à base de alimentos vivos, as suas cores tomam tonalidades mais acentuadas. São sensíveis ao Íctio e às micoses. Felizmente não se deixam intoxicar facilmente pelos tratamentos habitualmente utilizados no combate a estas moléstias. Nome: Chilodus Punctatus ou Quilodus Origem: América do Sul Comprimento: 8 cm pH: 6,6 a 7,5 dGH: 5 a 10º Temperatura: 26 a 28º C Comportamento: pacífico, peixe de grupo Reprodução: ovíparo Alimentação: fundo Iluminação: média de 10 hrs por dia Capacidade do aquário: 30 L Comentário: O Chilodus, também chamado de “cabeça para baixo”, faz parte da subordem Caracoidei, que tem grande interesse do ponto de vista científico: O seu estudo possibilita a pesquisa de problemas biológicos de ordem geral (por exemplo, a evolução dos seres vivos e sua adaptação às condições ambientais), o estudo dos Ostariophysi (peixes dotados do aparelho de Wegener (teoria da deriva dos continentes), pois são peixes de água doce e ocorrem tanto na América como na África, apenas nas zonas tropicais e subtropicais. O chilodus (Chilodus Punctatus) é um peixe muito atractivo pelo desenho no seu corpo e principalmente pela posição obliqua em que se movimenta. Este peixe de origem americana, vive em águas ácidas. Gosta de permanecer em grupos, é extremamente pacífico e não pode permanecer com peixes muito activos e agressivos. Facilmente adquire íctio, mas se tratado na fase inicial não oferece nenhum risco, portanto devemos evitar temperaturas inconstantes. Na natureza atinge 8 cm de comprimento. Pela posição em que permanece e se movimenta, deve-lhe ser administrado rações de fundo; também se alimenta de algas e deve-lhe ser oferecido alimentos de base vegetal, necessários para a sua dieta. Aconselhamos a deixá-los com peixes menores e também de grupos ou de cardumes, o que vai oferecer uma óptima configuração no seu aquário. Use plantas altas, porém não cheias, para que o Chilodus se possa movimentar facilmente.. Não sabemos nada a respeito da distinção dos sexos e da sua reprodução. Nome: Metynnis argentus ou Dólar de Prata Origem: Guiana e Amazonas Comprimento: 15 cm Compatibilidade: comunitário turbulento Comida: seca, Vegetal, Viva pH: 5,5 a 7,5 dGH: 15º Habitat: zona média do aquário Temperatura: 24 a 27º C Capacidade do aquário: 300 L Comentário: Peixe gregário, bonito, ágil, hebívoro e de fácil reprodução. Necessita de tanques muito grandes. Normalmente reproduzem-se mais aos pares do que em cardume. Os ovos são semi-adesivos, pelo que o aquário a preparar deve conter plantas e apresentar uma camada de berlindes, ou varetas de vidro no fundo. A água deve ser profunda. A água a utilizar deve ser macia e levemente ácida. A temperatura ideal é de 26 a 27º C e a iluminação deve ser difusa (recorrendo a papel para obter esse efeito se for necessário). A desova ocorre, regra geral, à noite e os ovos são muito pequenos. Assim que tal acontecer, deve-se proceder à remoção dos progenitores. Alimentar as crias com comida apropriada. O aquário deve conter raízes, troncos e de preferência plantas plásticas, pois esta espécie é predadora de plantas incluindo as mais rijas. É um peixe muito popular nos Estados Unidos. Outras varieades do género “Metynnis” Nome: Copella Arnoldi ou Caracídeo Saltador Origem: América do Sul: Baixo Amazonas e Rio Paru pH: 6,0 a 8,0 dGH: 4 a 12º Temperatura: 27 a 28º C Comportamento: pacífico, peixe de grupo Reprodução: ovíparo Comprimento: 15 cm Alimentação: centro do aquário Iluminação: média de 10 hrs por dia Comentário: A Copeina, também chamada de Pirá-Tan-Tan no Brasil, é um peixe exuberante, lindo, de movimentos dóceis e apreciáveis, que vive nas margens dos rios amazónicos. Este peixe é muito sensível, tanto em relação a qualidade da água quanto ao modo em que o seu habitat será formado para ele e seus “companheiros”. A qualidade da água deverá ser com pH ligeiramente acido, água mole, e biologicamente preparada. Estes peixes são susceptíveis a muitas doenças. Sensível a fungos, devemos controlar bem a temperatura com auxílio de um bom termóstato. Geralmente alimenta-se de rações, desde que sejam de boa qualidade, para oferecer bons nutrientes... Chega a Medir até 15 cm na natureza. Este Caracídeo vive tranquilamente com outros da família, Néons principalmente. Para a sua reprodução, deve-se preparar o aquário somente para o casal, com muitas plantas, rasteiras e plantas altas como Valisnérias, onde a fêmea vai desovar os seus ovos (aproximadamente 700 ovos) adesivos geralmente em plantas. Após a eclosão deverão ser retirados os pais do aquário, deixando apenas os filhotes e alimentá-los com infusórios e nauplius de artémias. O macho, deverá fertilizar em poucos segundos. A eclosão ocorre após 48 horas. Para diferenciar o sexo, observe os machos, que geralmente possuem manchas vermelhas nas barbatanas dorsais e na parte inferior das brânquias. Nome: Mylossoma aureum ou Myleus pacu ou Pacu Prata Origem: Bacia Amazónica Comprimento: 30 cm pH: 6,6 a 7,0 Temperatura: 24 a 28º C Comportamento: pacífico, vive em cardume Reprodução: ovíparo Alimentação: centro Iluminação: média de 10 hrs por dia Capacidade do aquário: 150 L Comentário: O Pacu é uma das espécies mais procuradas pelos pescadores amadores, devido à sua esportividade, e por profissionais, pelo seu valor comercial, já que a carne é muito saborosa e apreciada. Este peixe pode atingir 1,0 metro de comprimento e até 20kg de peso, recebendo o nome de "gamelão". No Brasil existem inúmeras espécies (mais de 30) que recebem a denominação popular de Pacus. A bacia Amazónica é a que possui a maior variedade de espécies, como os Pacus-Prata [Mylossoma spp], Pacu-de Canal, Pacu-Branco, Pacu-Borracha, Pacu-Curupeté, etc. Recebe também o apelido de "porco d'água", já que se alimenta de uma série de itens animais e vegetais, desde pequenos peixes e crustáceos, até folhas e frutos durante a época das cheias. Nessa ocasião, o Pacu invade os campos a fim de aumentar as suas reservas, em forma de gordura, para enfrentar o duro período das secas. É relativamente fácil saber se o Pacu voltou do campo, pois a sua coloração fica bastante escura; se já estiver no rio há algum tempo, apresentará uma coloração prateada. Localiza-se no leito dos rios durante a época das secas, nos trechos de água mais calma e sob os camalotes, ocasião em que aproveita para comer um de seus alimentos preferidos, o caranguejo. Nome: Pristella maxillaris ou Pristela Origem: Região Setentrional da América do Sul e Baixo Amazonas Comprimento: Até 4,5 cm pH: 6,0 a 8,0 dGH: Até 35º Temperatura da água: 21º a 26º C Compatibilidade: tanque comunitário Comprimento do aquário: 45 cm Dieta: vermes, pequenos crustáceos e alimentos secos Comentário: Anteriormente conhecido por P. Riddlei, o Pristela tem o corpo translúcido, embora existam outras espécies mais transparentes. Apresenta algumas marcas no corpo, apenas uma mancha escura por trás do opérculo, mas as barbatanas dorsal, anal e ventral têm várias cores: Amarelo, preto e branco. Como se trata de uma espécie de grupo, deve ser mantido num aquário com pouca luz e o fundo escuro. A reprodução é possível mas os casais nem sempre se comportam de acordo com as expectativas. Mas quando os membros do casal se entendem tudo corre sem problemas. Recentemente foi desenvolvida por selecção genética uma variedade albina (foto em cima). O macho é marcadamente mais elegante e com uma bexiga natatória bastante afilada. A fêmea com um aspecto mais cheio e bexiga natatória mais arredondada. Tem um comportamento social pacífico e recomenda-se para qualquer tanque comunitário. Espécie muito pouco exigente que se dá melhor em água mole. Um fundo de areão escuro e luz sombreada acentua as cores. Esta espécie também se encontra em água salobra. De reprodução fácil e muito prolífico, posturas de 300 a 400 ovos. O emparelhamento pode ser difícil já que nem todos os peixes aceitam qualquer outro como casal. Não mostra totalmente as suas cores em água dura ou tanque muito luminosos. Nome: Hemigrammus gracilis ou Néon Rosa Origem: da Guiana até ao Paraguai Comprimento: Até 4,5 cm pH: 6,0 a 7,5 dGH: Até 15º Temperatura: 23 a 27º C Tempo de vida: 6 a 8 anos Comentário: Bastante pacífico, deve ser conservado em grupos num aquário bem plantado, para mostrar melhor o seu colorido. A reprodução requer um pouco de experiência. Os ovos, como os muitos outros Caracídeos, não devem apanhar luz e eclodem em três dias. A forma do corpo lembra a do Néon. As barbatanas são transparentes, com a excepção de um ponto branco lácteo visível sobre a ponta da barbatana dorsal e da ventral. A barbatana dorsal é alta e triangular, a anal é encurvada e a caudal é bilobada (dividida em dois lóbulos) e muito cavada. Uma barbatana adiposa segue a barbatana dorsal. A cor dominante é o dourado, com alguns reflexos prateados. Uma longa banda longitudinal estende-se desde a íris até ao pedúnculo caudal. A cor desta linha varia segundo as espécies, mas ela é no geral encarnado vivo ou rosa florescente.Num recipiente bem plantado, o “ hemigrammus” encontra-se no seu melhor estado. A fêmea é maior, com um ventre distintamente redondo. O Néon rosa é um peixe tranquilo, vivo e pacífico. Ele é muito poplular perto dos aquariófilos graças às suas cores flamejantes. É preferível mantê-lo num cardume de peixes da mesma espécie. Ele coabita sem problemas com outros pequenos “Characidae “. O recipiente de reprodução não tem de ser necessariamente grande, 40 litros, aproximadamente, é o suficiente. As plantas finas e delicadas como: Cabomba, Myriophyllum e Ceratophyllum servem como lugar de postura e algumas plantas flutuantes atenuam a luz. Os ovos (por volta de 200) são postos e fecundados logo de seguida. A postura é rápida e os pais muito vorazes, são logo retirados. Os vidros, frontais e laterais, assim como a tampa do aquário, devem ser escurecidos, porque os pequenos peixes têm medo da luz. Dá-se o nascimento ao fim de 24 horas de incubação e os pequenos peixes são alimentados de gema de ovo e de infusórios (fósseis microscópicos que se encontram nas águas doces, etc). A película que envolve o recipiente pode ser removida progressivamente a partir do terceiro dia após o nascimento. Ainda que ele aceite alimentos secos, o Néon Rosa prefere tubifex, as larvas de mosquito, drosófilas, artémias e dáfnias. Devem ser distribuídas pequenas quantidades, três a quatro vezes ao dia. Espécie bastante resistente, contudo, ela é sensível quanto à qualidade da água. Peixe perfeitamente adequado a toda a comunidade do aquário, especial e bem conservado. Os parâmetros da água são os mesmos, quer para a sua manutenção, quer para a sua reprodução: Temperatura de 23 a 27° C; pH variando de 6,8 a 7,5 e dGH até 14°, sendo que o ideal é de 6°. Os pequenos peixes são sempre vitimas de uma taxa de nitratos muito elevada. Nome: Inpaichthys Kerri ou Tetra Real Origem: Brasil pH: 6,6 a 6,8 dGH: 8º Temperatura: 26 a 28º C Comprimento: 4,5 cm Comportamento: pacífico, vive em cardume Reprodução: ovíparo Iluminação: média 8 hs Dia Capacidade do aquário: 60 L Comentário: O Inpaichthys Kerri, é um peixe de temperamento muito pacifico, encontrado na região do Mato Grosso. Por ser um peixe raro e difícil de ser adquirido, quando se consegue deve-se seguir rigorosamente as recomendações exigidas para a sua adequada adaptação ao aquário. A sua coloração é puxada para o marron com uma faixa preta de ponta a ponta do seu corpo, mas quando muito agitado pode ficar com o seu corpo azulado e facilmente ser confundido com o Tetra Imperador. Quanto à sua alimentação, não é exigente, adapta-se facilmente a rações, mas não podemos esquecer de alimentá-los uma vez por semana com artémias vivas. Este peixe não atinge mais que 5 centímetros de comprimento. Devemos adquirir sempre mais do que 5 exemplares, pois gostam de viver em grupos, onde os movimentos ficam mais graciosos e interessantes. Vive em aquário comunitário desde que sejam respeitados os parâmetros de agressividade e tamanho de outros companheiros. Em relação à sua reprodução, é possível , mas difícil de alimentar os alevins. Nome: Hemiodus gracilis ou Cruzeiro do Sul Origem: Igarapés da Amazónia e Guianas Comprimento: 4,5 cm pH: 6,2 e 7,0 dGH: 2 a 10º Temperatura: 24 a 28º C Comportamento: pacífico, vive em cardume Reprodução: ovíparo Alimentação: artémia salina, tubifex, dáfnias, ração em flocos, fígado e coração de boi (duas vezes ao dia) Iluminação: média 10 hs Dia Capacidade do aquário: 60 L Comentário: É um peixe bastante pacífico, tem um nado muito rápido e pula com bastante facilidade, por isso o aquário deve estar sempre tapado, pois facilmente pode saltar para fora do mesmo. Este peixe é muito tímido e assusta-se com qualquer barulho, com o acender de uma luz e até a aproximação do aquariófilo, quando feita bruscamente, o que o pode deixar nervoso podendo ocasionar a perda do seu colorido instantaneamente, e quando o susto é muito frequente, pode deixar até de se alimentar. Para que o Cruzeiro-do-sul se possa sentir bastante seguro, devemos colocá-lo num aquário densamente plantado para lhe dar abrigo e refúgio. O Cruzeiro-do-Sul, as vezes é confundido com um outro peixe que chega a ser quase idêntico ao mesmo (Hemiodus Semitaeniatus) e que é chamado de Falso Cruzeiro-do-Sul. Podemos notar a diferença entre ambos pela mancha vermelho-alaranjada que o verdadeiro tem no lóbulo inferior da barbatana caudal e pelo nadar movimentando-se com o corpo ligeiramente inclinado para cima. Este peixe é muito sensível e não consegue sobreviver em ambientes de condições desfavoráveis. Devemos manter o aquário bem equilibrado quanto a água e temperatura. O aquário deve ser bem plantado, porém devemos deixar o centro livre, para que possa nadar livremente. Por ser um peixe do Rio Piracema, necessita de correnteza para se reproduzir, o que nos dá já uma indicação de que é bastante difícil conseguir que se reproduza em cativeiro, porém para os amantes do aquariofilismo, sempre alguém mais teimoso irá consegui-lo, e já existem relatos de sucesso, porém é muito raro. Os exemplares obtidos em cativeiro, são menores, porém mais coloridos e resistentes que o de estado selvagem. Nome: Exodon paraxodus ou Miguelinho Origem: América do Sul pH: 7,0 dGH: 10º Temperatura: 22 a 27º C Comprimento: 15 cm Comportamento: semi-agressivo, peixe de cardume Alimentação: carnívoro Iluminação: luz forte Reprodução: ovíparo, de difícil reprodução em cativeiro Comentário: As cores luxuriantes deste peixe tornam-no porventura num dos mais bonitos peixes. Os seus reflexos metálicos são de um amarelo vivo com duas manchas negras de grandes dimensões. Uma sobre os flancos e a outra junto ao pedúnculo caudal. A base das barbatanas dorsal e anal é de uma rosa vivo. Com a idade as cores deste peixe tendem a ficar mais opacas e atenuadas. O seu comportamento não é popular pois trata-se de um peixe muito agressivo. Graças às placas ósseas que possue na parte da frente da boca, ele arranca as escamas de outros peixes para de seguida lhes arrancar pedaços. Não exista em atacar um peixe que seja maior que ele. A reprodução desta espécie nunca foi observada em cativeiro. Se for possível, ela ocorrerá entre as plantas e a eclosão dar-se-á aoa fim de dois dias. Os parâmetros da água são de capital importância para a manutenção de possível reprodução desta espécie. Assim, aconselha-se uma água bem filtrada, uma dureza a variar entre os 5 e os 22º dGH (6 a 7º é o ideal) e um pH entre 5,5 e 7,5. Carnívoro, a sua alimentação é sobretudo composta de presas vivas como vermes, peixes mais pequenos, alimentos congelados, etc. É um peixe extremamente activo e por isso, necessita de bastante espaço para evoluir. Se mantido só, a sua agressividade duplica, diminuindo se lhe juntarmos 1 dezena de indivíduos. Os alevins são difíceis de manter. Desde que nascem, eles possuem uma característica de predadores, o que faz com que muitas das vezes se devorem uns aos outros. Como predador que é, não o devemos manter num aquário comunitário de pequenas dimensões, pois os peixes de pequena dimensão serão devorados, enquanto que os maiores serão perseguidos, empurrados para um canto do aquário e finalmente devorados. Nome: HypHessobrycon heterorhabdus ou Tetra Bandeira Origem: Guiana, América do Sul: Rio Tocantins, no Baixo Amazonas Comprimento: 6 cm pH: 6,0 a 7,5 Temperatura: 23 a 25º C Compatibilidade: comunitário, pacífico e social Comida: vermes, crustáceos, derivados de plantas e alimentos secos Comprimento do aquário: 60 cm Comentário: A faixa longitudinal que vai da cabeça até à barbatana caudal apresenta três cores: Encarnado, dourado e preto. A parte superior do olho é encarnado brilhante. As fêmeas são mais arobustas que os machos. A criação desta espécie nem sempre é fácil; o Tetra Bandeira é muito atreito a doenças. Por isso deve ser colocado num tanque com muitas plantas e poucos habitantes, mas em grupos com um número suficiente de indivíduos para que possa adquirir a confiança dos seus companheiros. Aceita alimentos secos mas prefere os alimentos vivos. A sua reprodução não é fácil; necessita de águas pouco duras (filtradas através de turfa). Nome: HypHessobrycon herbertaxelrodi ou Néon Negro Origem: Mato Grosso Tamanho: 4 cm Comportamento: pacífico, peixe de cardume pH: 6,0 a 6,5 dGH: 8 a 12º Temperatura: 21 a 26º C Comprimento do aquário: 60 cm Comentário: Conhecido vulgarmente como Néon Negro (Hiphessobrycom herbertaxelrodi), este belíssimo peixe, originariamente brasileiro, é cada vez mais difícil de ser encontrado nas lojas especializadas, pois a sua captura , no seu biótopo, e a consequente exportação sem limites, está levá-lo ao caminho da extinção. O Néon Negro embora tendo um formato do corpo ligeiramente diferente dos outros Néons, possui na mesma duas cores, uma na parte superior do corpo, outra no abdómen. São igualmente peixes de cardume numerosos, preferindo águas ligeiramente acidificadas, escuras, bem verdejantes e com raízes e pedras. No entanto, não é tão exigente às qualidades da água, pois é proveniente de rios e zonas mineralizadas. A reprodução é possível, tendo em atenção a voracidade dos pais após a desova e que não existem características sexuais aparentes. São omnívoros. Os Néons Negros pertencem a família dos Caracídeos (characidae), cuja principal característica é a presença de dentes nos maxilares e por possuírem a barbatana adiposa - uma pequena barbatana situada no final do dorso dos peixes pertencentes a esta família. Apesar do apelido de Néon Negro não apresenta parentesco com o seu " chará " o popular Néon (Cheirodon axelrodi). Manutenção: Este delicado peixinho é omnívoro, isto significa que come quase tudo que lhe é oferecido. Para se ministrar uma boa dieta recomendamos os seguintes alimentos: Rações em flocos, patês de figado ou coração de boi, artémias salinas vivas ou congeladas, larvas de mosquito, enquitréias , tubifex e outros. Sobrevivem apenas com uma refeição diária, mas o melhor são três refeições por dia, sempre em pequenas porções para evitar sobras que poderão comprometer a qualidade da água do aquário. O aquário deverá possuir bastante vegetação e alguns troncos, se possível acondicionados a um canto do aquário, propiciando um refúgio e um local mais sombreado, pois eles não gostam de aquários muito iluminados. Os Néons Negros vivem melhor em cardumes, portanto é aconselhável a manutenção de um grupo de no mínimo dez peixes. Na natureza nadam em grandes cardumes, no mínimo cinquenta peixes. A água para a manutenção deste peixinho, deverá possuir um pH entre 6,4 e 6,8, enquanto a temperatura poderá variar de 26 e 28º C. É aconselhável a troca de um terço da água do aquário uma vez por semana, nada impedindo de ser feita duas ou três vezes. Podem viver bem , em aquários comunitários junto com peixes de outras espécies, evidentemente compatíveis, relativamente aos parâmetros de pH, dH, temperatura, etc. Quando aclimatados e em condições óptimas, crescem até 4 centímetros de comprimento e vivem aproximadamente dois anos. Nome: Gasteropelecus sternicla ou Peixe Machado Prateado Origem: América do Sul, Bacia Amazónica e Guiana Comprimento: 7 cm Compatibilidade: comunitário Comida: seca, viva pH: 6,0 a 7,0 dGH: 2 a 15º Habitat: Topo Temperatura: 24 a 28º C Reprodução: não há relatos que se tenha alguma vez reproduzido em aquário Observações: manter o aquário fechado. Mais resistente do que o Carnegiella spp. Comentário: Conhecido no Brasil por “Borboleta Prateada”, deve o seu nome às suas características, pois o movimento das suas barbatanas peitorais parecem-se com o movimento das asas de uma borboleta. Passa o tempo todo na superfície da água, e esta peculiaridade deve-se à fuga dos predadores e também para apanhar insetos (o seu principal alimento) na natureza, agarrando-os com sua boca virada para cima, o que facilita a operação. A criação em aquários comunitários irá requerer certos cuidados, como, por exemplo, mantê-los sempre tapados para evitar que o peixe salte para fora. O viveiro deve ter uns 100 litros e ser bem largo, com água pela metade e bastante vegetação aquática. Deve ser mantido em tanques comunitários, desde que os seus parceiros sejam peixes que frequentam os níveis intermédio e inferior da água. O Peixe Machado está bem equipado para voar sobre a superfície da água quer em busca de alimentos quer como meio de fugir aos possíveis atacantes. A sua reprodução pode ser realizada, desde que apenas com um casal, num aquário separado. Após um longo namoro a fêmea solta os ovos, que ficam a boiar na superfície e são fertilizados pelo macho. Cerca de 3 dias depois, os ovos eclodem, dando origem às larvas, que se irão dispersar por toda a superfície, parecendo-se muito com larvas de mosquito. Nessa fase os pais devem ser retirados do aquário para não ingeri-los, confundindo-os com alimentação. Aos alevins ofereça infusórios e náuplios de artémia. O factor alimentação é um ponto que dificulta em muito a criação dos alevins em cativeiro. Eles não procuram alimentos, simplesmente esperam que estes cheguem até às suas bocas para comê-los; consequentemente a maioria vem a morrer de fome. Nome: Gasteropelecus levis ou Peixe Machado Origem: América do Sul: Baixo Amazonas Comprimento: 6 cm pH: 6,0 a 7,0 dGH: 2 a 15º Temperatura: 24 a 30º C Habitat: Topo Comprimento do aquário: 60 cm Comentário: Tal como sucede com a espécie anterior, tem as mesmas exigências. Por vezes torna-se demasiado sensível no aquário mas, apesar disso, é um saltador bastante activo. Vista de cima ou de frente a fêmea é mais larga. Não há notícia de que já se tenha reproduzido em aquário. Alimenta-se exclusivamente à superfície ou logo abaixo desta. Come alimentos secos, mas prefere as dáfnias e as larvas de mosquito. Precisam de plantas flutuantes para ficarem próximos, na sua sombra. Devem ser mantidos em grandes cardumes, de pelo menos 8 exemplares. O seu jeito de nadar é muito peculiar e gracioso de se ver. Nome: Serrasalmus nattereri ou Piranha Vermelha Origem: Guiana até La Plata Comprimento: 30 cm pH: 6,8 dgH: 10º Temperatura: 24 a 27º C Comportamento: carnívoro Comprimento do aquário: 120 cm Comentário: Presente em vários rios amazónicos. Os grandes exemplares atingem até 5kg e cerca de 70 cm. A Piranha-Chupita (Serrasalmus cf. serrulatus) é nativa da Amazónia e muito comum no rio Xingu. Atinge cerca de 6kg de peso e 80 cm de comprimento. As Piranhas estão presentes em todas as principais bacias do Brasil. Constituem-se verdadeiro martírio para o pescador em determinadas regiões, obrigando-o mesmo a mudar de local de pesca, caso contrário, não conseguirá pescar outros peixes, pois a Piranha não dá tréguas. A maioria das espécies são carnívoras, mas algumas especializaram-se em comer frutos e outras alimentam-se de escamas ou pedacinhos das barbatanas de outros peixes. Os cardumes mais vorazes são constituídos por jovens de determinados tipos, como a Piranha-Caju, que é abundante principalmente em certos rios, como o Araguaia. Mas nem todas as espécies são indesejáveis, Alguns tipos são procurados pelos pescadores devido à esportividade, como as Piranhas-Pretas e a Chupita. Outras espécies: Piranha-Caju, Pirambeba. Habitam os leitos dos rios de qualquer tamanho, lagoas marginais e igarapés. A distribuição varia conforme as espécies. Peixes extremamente agressivos, a sua pesca é relativamente fácil com iscas naturais e artificiais. A Piranha Vermelha é uma formidável predadora dos cursos de água da América Tropical. A Piranha-Branca (Serrasalmus rhombeus) pode atingir 35 cm de comprimento. A Piranha-Vermelha (Serrasalmus natterreri) chega aos 30 cm. E a simplesmente Piranha (Serrasalmus piraya) tem, no máximo, 28 cm. As três espécies são absurdamente agressivas, atacando e matando até mesmo os peixes do seu cardume. São peixes muito resistentes, e não hesitam em investir contra gado ou seres humanos. A Piranha, em todo o caso, representa uma excepção dentre os Caracídeos. Na sua maioria, os peixes desta família são singelos, delicados, vivazes, elegantes, comunitários, de índole companheira e pacífica. Outras variedades de Piranha: Serrasalmus pygocentrus - É o peixe mais voraz do Pantanal. Ao menor indício de sangue na água elas reúnem-se em grandes cardumes, prontas para devorar o que estiver sangrando. Atacam até mesmo os pés e a boca dos animais que se abaixam para beber água no rio. O homem também é vítima do seu apetite, sendo necessário o máximo de cuidado para não se ferir. Possui escamas e chega a tingir no máximo 35 cm e não pesa mais do que quatro quilos. No Pantanal, para se atravessar um rio ou riacho com uma “boiada”, costuma-se sacrificar um animal alguns metros abaixo, para o cardume não atacar o rebanho. A sua carne é boa, apesar de espinhosa, sendo muito utilizada como caldo ou sopa. O jacaré é outro que aprecia muito a sua carne, e a matança destes explica a proliferação das piranhas do Pantanal. Serrasalmus spp,Pygocentrus spp,Pigopristis spp - Conforme se encontra na literatura, ocorrem no Brasil várias espécies de piranhas, podendo pertencer elas aos géneros Serrasalmus, Pygocentrus e Pigopristis. Apesar de apresentarem diferenças quanto a tamanhos, cor, e outras características externas menores, todas têm, entretanto, algo em comum. A sua ferocidade, como atacam as vítimas. Elas quando mordem, com os seus dentes afiadíssimos, praticamente tentam arrancar nacos de carne da presa, sacudindo violentamente o corpo para tal. Há bastantes relatos de casos de piranhas de porte maior, principalmente na região Amazónica ou no Araguaia, que simplesmente partem uma isca artificial ao meio. O cuidado com o seu manuseio deve ser constante, até porque elas levam um certo tempo para morrer fora da água. Use, se possível, sempre alicates. É muito comum, também, quando estamos pescando tucunarés ou corvinas de água doce que os peixes venham com pedaços de seu corpo em falta, devido às piranhas. Se você prática a pesca catch and release (pesque e solte), evite capturas demoradas, pois o peixe pode ser totalmente devorado pelas piranhas quando elas estão presentes. O seu corpo ovalado é deprimido lateralmente, e a sua dentadura apresenta uma carreira de dentes afiadíssimos. A mandíbula inferior saliente não deixa dúvidas quanto a sua ferocidade. O tamanho varia com a espécie, não passando a maior dos 45 cm de comprimento e a menor dos 18 cm. São poucos pescadores que já chegaram a confundir as grandes piranhas pretas com um pequeno tambaqui. A piranha não deixa de ser uma alternativa muito interessante e divertida para uma boa pescaria. Atacando qualquer tipo de isca, inclusivé as artificiais, a sua briga, quando se usa um equipamento leve é muito agradável. Quanto ao seu aproveitamento culinário, não há duvida que o caldo de piranha é o melhor deles. Porém, grelhada, à beira de uma barranca de rio, não deixa de ser uma alternativa, apesar das espinhas. Ela é encontrada em todo o território brasileiro, em rios, barragens, açudes e lagoas. Nome: Poecilocharax weitzmani Géry ou Géri Origem: Rio Amazonas e Rio Negro Comprimento: 4 cm pH: 5,2 a 6,5 dGH: 5º Temperatura: 24 a 28º C Comportamento: pacífico Comprimento do aquário: 60 cm Comentário: Originária das regiões do Alto Solimões e Alto Rio Negro-Orenoco, esta espécie da família Crenuchidae atinge porte reduzido (machos até três centímetros de comprimento). Os espécimes adultos apresentam exuberante padrão de colorido: Corpo castanho avermelhado com uma larga faixa longitudinal escura acompanhada superiormente por outra bem mais estreita e de cor vermelho-vivo; várias escamas situadas ao longo da faixa mais larga refletem intenso colorido azul metálico. As barbatanas dorsal e anal são longas, avermelhadas e contêm numerosas máculas escuras. Alimenta-se de presas vivas, embora se possa habituar a comer pequenas porções de carne. Trata-se de espécie difícil de ser encontrada nas lojas, aparecendo ocasionalmente entre cardumes de Néon-cardinal. Nome: Pyrrhulina laeta ou Tetra semi-raiado Origem: Guiana, Central Amazonas Comprimento: Até 8 cm pH: 5,8 a 7,0 dGH: 2 a 8º Temperatura: 21 a 28º C Alimentação: carnívoro Compatibilidade: tanque comunitário Comprimento do aquário: 60 cm Comentário: Trata-se de um peixe delgado cujo aspecto é muito semelhante ao do Peixe-Lápis. A linha longitudinal que percorre o seu corpo começa na região superior da barbatana anal e chega apenas até ao meio dos flancos. As suas escamas possuem os rebordos escuros e são bem definidas. A barbatana dorsal apresenta uma marca escura no meio. A barbatana caudal do macho é assimétrica; o lóbulo superior é maior do que o lóbulo inferior. À excepção desta característica dominante, a fêmea é mais pequena e menos colorida que o macho. Um aquário bem povoado com abundância de plantas e espaço suficiente para os peixes nadarem á vontade são as condições ideais para o Pyrrulina. Ele frequenta normalmente os níveis intermédios e superiores da água, e recolhe os seus alimentos à superfície desta; prefere alimentos vivos como base na sua dieta. Não há notícias da sua reprodução em cativeiro. Nome: Pyrrhulina vittata ou Tetra pintado Origem: Brasil, Rio Madeira Comprimento: Até 8 cm pH: 6,0 a 7,5 dGH: 2 a 12º Temperatura: 18 a 28º C Alimentação: carnívoro Compatibilidade: tanque comunitário Comprimento do aquário: 60 cm Comentário: Espécie de características idênticas às da Pyrrhulina laeta. Prefere águas calmas e lentas. Caracteriza-se por uma mancha escura, junto ao opérculo. Peixe adequado para um aquário comunitário, em particular se tiver Tetras de tamanho similar. Caracteriza-se pelo seu modo de nadar alegre e divertido no aquário. A decoração do aquário pode ser a de um aquário Amazónico, deixando espaço livre apara a natação. A sua alimentação pode ser à base de alimentos vivos de tamanho adequado para as suas bocas, para além de todo o tipo de comidas secas ou granuladas. Outras variedades do género “Pyrrhulina”: Nome: Hemigrammus rhodostomus ou Tetra de Nariz Vermelho Origem: Baixo Amazonas Comprimento: 5 cm pH: 6,0 a 6,5 dGH: 4º Temperatura: 23 a 26º C Iluminação: 8 horas dia Alimentação: tubifex, dáfnias, artémia e espinafre cozido Comentário: O Rodóstomo é um pequeno, pacífico e muito bonito Tetra que gosta de viver em cardumes. A sua característica mancha vermelha no nariz só fica brilhante se o peixe estiver com boa saúde. Na verdade existem três espécies muito parecidas: O "verdadeiro" Rodóstomo de Belém (Hemigrammus rhodostomus), e dois "falsos" Rodóstomos de Manaus (Hemigrammus bleheri e Petitella georgiae). As diferenças sutis estão na forma e no tamanho da mancha vermelha e das listas na cauda. Curiosamente, o verdadeiro é o menos colorido dos três, mas também é o mais resistente. Eles não são tão resistentes quanto outros Tetras, e às vezes são extremamente tímidos, mas se estiverem saudáveis e confiantes são óptimos peixes para se ter no aquário comunitário ou amazónico. Tem uma série de apelidos como: Cara-de-sangue, Nariz-de-sangue e Cabeça-de-fogo; apesar de sugerir um peixe brigão e agressivo, o Rodóstomo é na realidade um peixe dócil e estes apelidos surgiram devido à coloração existente na sua cabeça, que lembra uma mancha de sangue. Juntamente com outros atributos, ele é um dos mais procurados peixes pelos aquariófilos, principalmente os iniciantes, isto apesar de ser considerado um peixe delicado. Ao procurar o Rodóstomo numa loja para adquiri-lo, fique atento à coloração, pois se ela estiver meio pálida, indica problemas de adaptação ou doença, pois em boas condições ele apresenta um prateado vivo do corpo, a cauda listada em branco e preto e o vermelho da cabeça bem acentuado. Quando o adquirir, procure não comprar apenas uns poucos e sim vários, pois o Rodóstomo gosta de viver em cardume. Outro detalhe, certifique-se de não tenha manchas brancas pelo corpo, isto indica que pode ser íctio. A alimentação é bastante importante, ofereça tubifex, artémia, dáfnias e espinafre cozido. Com esta dieta certamente, ele será o ponto de destaque do seu aquário. Quando adquirimos o Rodóstomo, não devemos colocá-lo imediatamente no aquário, pois o mesmo é muito sensível a mudanças de temperatura, aliás está regra serve para a maioria dos peixes, devemos colocar o mesmo com a própria água e embalagem na água do aquário; depois que a temperatura de ambos (água do aquário e embalagem) estiverem iguais, aí o soltamos. A temperatura deverá sempre estar entre 23 e 25º C; o ideal é ter um termostato, e o pH entre 6,0 e 6,5. A capacidade de 50 a 100 litros poderá comportar um grupo de 20 a 30 peixinhos. São bem poucos os casos de reprodução bem sucedidos deste peixe; é um processo difícil, porém não impossível. A regra de procriação é mais ou menos idêntica à dos outros Caracídeos - um aquário grande, bem plantado e com temperatura constante (25º C), portanto devemos ter um bom termostato, aquecedor etc.. . Após o acasalamento, os ovos ficarão depositados entre as raízes e pequenas folhas das plantas. A eclosão ocorre de 2 a 3 dias após a desova. Aos primeiros dias de vida, os alevins irão alimentar-se dos próprios nutrientes que o habitat oferece (plancton), mas podemos complementar com infusórios. Quando atingirem a metade do tamanho adulto, iremos introduzir a dieta dos pais. Nome: Hemigrammus bleheri ou Tetra de nariz rosa Origem: Bacia Amazónica Comprimento: 4 cm pH: 6,5 a 6,8 Temperatura: 26 a 29º C Comportamento: pacífico, vive em cardume Reprodução: ovíparo Capacidade do aquário: 50 L Comentário: O nariz, a boca e o olho são de um vermelho vivo, formando um triângulo que vai do olho até ao primeiro raio da dorsal e que se porlonga pela cabeça. O seu dorso passa do verde ao acastanhado. As diferenças sutis estão na forma e no tamanho da mancha vermelha e das listas na cauda. Curiosamente, o verdadeiro (Hemigrammus rhodostomus) é o menos colorido dos três, mas também é o mais resistente. Eles não são tão resistentes quanto outros Tetras, e às vezes são extremamente tímidos, mas se estiverem saudáveis e confiantes são óptimos peixes para se ter no aquário comunitário ou amazónico. O tamanho máximo deste peixe adulto é 4,5 cm. Este peixe gregário deve ser mantido num grupo no mínimo de 5 indivíduos. Aconselha-se que se mantenha esta espécie num aquário com um mínimo de 100 litros de água. Para o cálculo da população nunca deve ser ultrapassado o limite de 5 litros de água por peixe. O seu comportamento é sociável. É omnívoro. A sua reprodução é difícil. No entanto, e se desejar tentat, um grupo de cinco ou seis reprodutores é colocado num aquário de 60 a 80 litros, guarnecido de musgo de Java e com pouca luminosidade. Depois do acasalamento, retire os adultos do aquário. Os ovos são incubados na obscuridade e eclodem cerca de 30 a 35 horas após a incubação. Os alevins aceitam plancton fino e nadam livremente após 5 ou seis dias. As cores aparecem por volta da quarta semana. A maturidade sexual é atingida com a idade de 6 a 8 meses. Nome: HypHessobrycon erythrostigma ou Rosáceo Origem: Bacia Amazónica, Colômbia Comprimento: 4 cm pH: 6,5 a 6,8 Temperatura: 23 a 27º C Comportamento: pacífico, vive em cardume Reprodução: ovíparo Capacidade do aquário: 60 L Comentário: O Rosáceo ou Rubrostigma, e um peixe mais encorpado do que a maior parte dos Tetras, apresentando cores e barbatanas de grande beleza. É preferível colocá-lo num tanque comunitário com outros peixes. Da sua dieta constam vermes, crustáceos, derivados de plantas e alimentos secos. A inconfundível marca junto do coração é mais visível nas regiões laterais de cor púrpura, imediatamente por baixo da base da barbatana dorsal. A barbatana dorsal do macho, em forma de foice, é avermelhada, apresentando raios pretos na parte posterior e as pontas brancas; nos melhores exemplares, as barbatanas dorsais chegam a ultrapassar o pedúnculo caudal. A barbatana anal é bastante concava e apresenta uma região de cor branco-azulada perto do corpo e um rebordo exterior escuro. A fêmea não possui a grande barbatana dorsal e a barbatana anal é menos concava. Este peixe assusta-se com facilidade e sempre que é perturbado desata numa correria louca à volta do aquário. A reprodução destes Tetras continua a ser um desafio para os aquariófilos. Nome: SemaProchilodus sp. ou Prochilodus de prata Origem: Brasil Comprimento: 4 cm pH: 6,8 dGH: 5º Temperatura: 27 a 28º C Comportamento: pacífico, vive em cardume Reprodução: ovíparo Iluminação: fraca, em média 10 hrs por dia Capacidade do aquário: 60 L Comentário: Este Caracídeo delicado e muito amável, dificilmente é encontrado em lojas de aquários em Portugal. Somente os comércios mais completos do ramo e os mais competentes mantêm essa espécie para venda. O que acontece é que o SemaProchilodus não é resistente a transportes, sendo assim os vendedors não gostam de correr o risco de os receber já sem vida. Encontrado na maioria dos rios das Amazónia, o SemaProchilodus sp. alimenta-se exclusivamente de vegetais, plantas e algas. Portanto deve-se oferecer alimentos à base de vegetais, como a spirulina. Também podemos oferecer espinafre cozido, um excelente alimento. Se quiser manter plantas no aquário deve adquirir as mais fortes e escuras, com poucos rebentos, para que o peixe não se alimente delas. Pode chegar a medir mais de 15 centímetros na natureza, mas dificilmente alcança 10 em cativeiro. Muito sensível à qualidade da água é susceptível a doenças quando o pH da água não for correcto para ele. Demora algumas semanas para uma ambientação perfeita no seu novo lar. Nome: Astyanax mexicanus ou Peixe Cego Origem: América do Norte e Central, do Texas ao Panamá Comprimento: 10 cm Alimentação: omnívoro Temperatura: entre 19 e 25° C pH: 6,0 e 8,0 dGH: máximo de 30° Iluminação: luz fraca Reprodução: ovíparo, reprodução fácil Comentário: O Tetra Cego das Cavernas, Astyanax mexicanus, acha o seu caminho com a ajuda de um apurado senso de olfacto e dos poros do seu sistema lateral de sensores de vibração (parece algo saído da Enterprise). É uma subespécie (Astyanax fasciatus mexicanus) que se presta a investigações. Possui olhos vestigiais, completamente sem função. Nada e descobre o alimento guiando-se por meio de sua linha lateral, que detecta as vibrações reflectidas nos obstáculos. Há primeira vista o Peixe Cego tem muito pouco a seu favor; trata-se de um peixe cor-de-rosa prateado bastante simples que possui muito poucas caractrísticas próprias. Mas a popularidade que goza junto dos aquariófilos deve-se ao seu individualismo. A característica mais notória deste peixe reside no facto de não possuir olhos; no entanto, ele movimenta-se à vontade em qualquer aquário com muitos objectos de decoração, aparentemente sem ser afectado por essa deficiência. No seu habitat natural – vive nas grutas subaquáticas na América Central – os jovens possuem olhos rudimentares que acabam por desaparecer porque não têm qualquer utilidade em águas onde a luz não chega. Este peixe orienta-se através do sistema da linha lateral – as vibrações da água são reflectidas pelos objectos inertes ou pelos peixes em movimento e detectadas pelo sistema nervoso, o qual começa na fila de escamas perfuradas existentes ao longo dos seus flancos. Adapta-se bem à vida em comunidade mas é preferível colocá-lo num aquário apenas com peixes da mesma espécie. A sua alimentação consta essencialmente de insectos, crustáceos, vermes e alimentos secos. Nome: Nematobrycon palmeri ou Tetra Imperador Origem: região setentrional da América do Sul. Colômbia pH: 5,5 a 7,8 dGH: 5 a 25º Habitat: médio Temperatura: 22 a 26º C Comprimento: 4 cm Compatibilidade: comunitário Comida: seca, viva Comentário: Este peixe possui uma coloração que vai de um tom bastante escuro até ao amarelo ao longo dorso, uma lista horizontal azul vivo e barbatanas amarelas. A temperatura ideal da água situa-se entre os 23 e os 26º C e o seu comprimento atinge no máximo 4 cm. O Tetra Imperador é muito pacífico, agrupa-se aos pares, o macho é mais colorido e a sua reprodução apresenta alguma dificuldade (condições de água e luminusidade especiais). Os machos são castanhos-amarelados, com pintas de um verde metálico, uma larga lista longitudinal preta e cauda vistosa. Os raios centrais alongam-se num espigão e a barbatana dorsal também é alongada. As fêmeas são menos coloridas e têm barbatanas menos notáveis. Reproduz-se com alguma facilidade mas não é muito prolífero. Os ovos são semi-adesivos, pelo que o aquário a preparar deve conter plantas e apresentar uma camada de berlindes, ou varetas de vidro no fundo. A água deve ter 20 cm de profundidade para os Caracídeos mais pequenos. A água a utilizar deve ser macia e levemente ácida. A temperatura ideal é de 26 a 27º C e a iluminação deve ser difusa (recorrendo a papel para obter esse efeito se for necessário). A desova ocorre, regra geral, à noite e os ovos são muito pequenos. Assim que tal acontecer, deve-se proceder à remoção dos progenitores. Alimentar as crias com comida apropriada. Nome: HypHessobrycon callistus serpae ou Serpa Origem: Rio Paraná Comprimento: 4 cm pH: 6,6 a 6,8 dGH: 10 a 20º Temperatura: 24 a 26º C Comportamento: pacífico, vive em cardume Reprodução: ovíparo Capacidade do aquário: 50 L Comentário: Pequeno peixe, de cardume, muito activo, para aquários de espécies também pequenas e densamente plantado. São pacíficos, embora por vezes, se dediquem a pequenas brigas entre eles. Existem ainda duas subespécies comercializadas a callistus e a minor, que diferem da original respectivamente na cor mais escura e no tamanho ligeiramente inferior, no entanto, a diferença não é visível quando separados por subespécies. A sua reprodução é considerada difícil em aquário, tanto que não é possível identificar as características sexuais dos indivíduos. Tem um corpo afilado, relativamente alto e espalmado. Vermelho-dourado, com o ventre mais claro. Barbatanas avermelhadas. Uma mancha preta na dorsal, outra perto do opérculo e outra ainda na parte posterior da anal. A fêmea é menos colorida e os seus flancos mais arredondados. Quando vistos em contraluz, a bexiga natatória do macho é mais pontiaguda na parte posterior. É um peixe pouco exigente, pacifico e gregário. A manter em cardumes de 8 a 12 exemplares. Isto evita conflitos entre eles e que mordisquem as barbatanas dos outros peixes. Pela mesma razão deve ser alimentado adequadamente e ter um grande espaço para evoluir: 100 litros no mínimo. Plantação abundante com um grande espaço para nadar. Assegurar a plantação de superfície: plantas flutuantes ou, pelo menos, plantas de folhas comprida e recurvadas. A qualidade da água deve ter um Dgh de 6 a 7 ou inferior. Débito de filtragem de 1 a 2 vezes o volume do aquário por hora. Aparentemente é sensível às mudanças de água e ás transferências de aquário. Quanto à reprodução exige um certo rigor. Um aquário de 15 litros pode ser suficiente. Mesmos valores de Dgh que no aquário comunitário, pH ligeiramente ácido, temperatura entre 24 a 26º C. Um grande tufo de Musgo de Java. Um a dois machos são introduzidos um dia antes da fêmea. Perto de 500 ovos são postos. Após a postura, retirar os pais e escurecer o aquário. Contra os fungos, podem adicionar-se 2 gotas por cada 10 litros de água de uma solução de azul de metileno a 5%. A eclosão dá-se após 24 horas. No dia seguinte à postura, efectua-se uma mudança parcial de água, de modo a reduzir gradualmente a quantidade de azul de metileno. Plancton de charco ou rotíferos como alimento de base. Durante a fase de crescimento, devem efectuar-se mudanças frequentes e regulares de água, em pequenas quantidades, controlando-se a temperatura e a qualidade. Da sua dieta fazem parte pequenas presas vivas, comida congelada, leofilizada e flocos. Variar a alimentação. Nome: Gymnocorymbus ternetzi ou Viúva Negra Origem: América do Sul. Nos rios Paraguai e Negro, na região de Mato-Grosso Comprimento: 7 cm pH: 5,5 a 7,0 Temperatura: 21 a 26º C Dieta: vermes, pequenos crustáceos, insectos e alimentos secos Comprimento do aquário: 45 cm Comentário: A viúva, também conhecida por Tetra Preto, cresce um pouco mais do que a maioria dos outros Tetras, mas é tão resistente e pacífico quanto os outros, sendo bastante adequado para aquariófilos principiantes. As suas cores variam bastante de acordo com a saúde, o humor e iluminação, apenas ocasionalmente atingindo um tom preto bem sólido. A maior parte do tempo a coloração fica parecida com a da foto acima. Existe também uma variedade "véu" disponível nas lojas. O seu corpo é dividido em duas zonas que se distinguem pelo tom da coloração, sendo a sua parte posterior de coloração preto aveludado e a anterior tem duas barras verticais pretas e apresenta uma coloração prateada. As suas barbatanas são transparentes, com excepção da dorsal, anal e adiposa, que são pretas. Quando em cativeiro este peixe pode perder a sua coloração preta, ficando esta acinzentada. Devem ser mantidos com outros peixes que se lhe assemelhem em tamanho, pois não são pacíficos em cativeiro e os seus hábitos de reprodução são idênticos aos da generalidade dos Caracídeos. A temperatura ideal da água situa-se entre os 21 e os 32º C, e o seu comprimento pode atingir os 7 cm. Caso opte por tentar a reprodução desta espécie deverá proceder da seguinte forma: num aquário à parte com as mesmas condições do viveiro comunitário, coloque o casal de Tetra Preto. O macho irá cortejar a fêmea com suas barbatanas abertas. No meio das plantas a fêmea irá então desovar, imediatamente o macho os fertilizará com seus espermatozóides. Os ovos eclodem depois de 24 horas e os alevinos irão consumir o conteúdo do saco vitelino por um período de 3 a 5 dias. Após começarão a nadar livremente, então a partir daí retire os adultos e ofereça-os aos alevinos alimentos tais como: infusórios, náuplios de artêmia e gema de ovo cozida dissolvida em água. Nome: HypHessobrycon flammeus ou Tetra de Fogo Origem: América do Sul: Rio de Janeiro, Brasil pH: 6,0 a 7,0 Temperatura: 22 a 25º C Comprimento: 4,5 cm Compatibilidade: comunitário Comida: seca, vegetal, viva Comprimento do aquário: 45 cm Comentário: O Engraçadinho, como também é conhecido no Brasil, é de origem dos rios e lagos nos arredores do Rio de Janeiro, portanto "carioca de gema". É uma espécie bastante alegre e sociável, pacífico, sendo indispensável num aquário comunitário. Atinge os 4,5 cm de comprimento. O corpo tem predominância do vermelho-cobreado, próximo da cauda tem manchas cor-de-vinho, o ventre é em amarelo prateado e os olhos têm uma orla dourada. Devido à poluição que atinge aos rios e lagos onde vivem, a espécie corre um grande perigo de ser extinta, por isto está se tornando bem raro encontrá-los, e graças aos aquariófilos que os têm reproduzido, talvez consigamos evitar o fim da sua espécie. Como no seu lugar de origem, vivem em cardumes, é bom que coloquemos no aquário uns seis indivíduos, para que vivam mais alegres. Quando bem tratados, os Engraçadinhos podem viver entre 3 a 4 anos em cativeiro, para isso devemos manter a temperatura entre 22 a 26º C, a água deve ser mole a média, ph 6,7 (pouco ácida), colocar plantas flutuantes para proporcionar iluminação suave e sombras. As plantas ideais para o aquário, são a Sagittaria, Ceratophyllum, Cabomba, e devem ser plantadas em cascalho neutro de rio. Reprodução: É uma prática bem simples e fácil de se obter. O macho dá-nos uma dica da época certa, pois irá adquirir uma coloração alaranjada intensa e a fêmea apresenta o ventre inchado. Devemos colocá-los num aquário de reprodução com bastantes plantas, introduzir de dois a tres casais, temperatura de 27º C, pH 6,5. Após o namoro, e muitas correrias pelo aquário, macho e fêmea passam a nadar juntos, um ao lado do outro esfregando-se, o macho então pressiona a fêmea para que ela expulse os ovos, que são fecundados imediatamente, em número aproximado de 150, os quais caem no fundo do aquário onde ficarão encubados por umas 24 horas; é nesse momento que devemos retirar os adultos, para evitar que os devorem. Passados 3 dias os alevins já estarão nadando livremente pelo aquário e devem serem alimentados com infusórios e gemas de ovo seca e pulverisada. Após duas semanas poderão receber náuplios de artémia, dáfnias e flocos. Aos 3 meses já estarão maduros e aptos a reproduzir. Nome: HypHessobrycon pulchripinnis ou Tetra Limão Origem: América do Sul. Bacia do Tocantins Comprimento: 5 cm pH: 6,5 dGH: 8 a 12º Temperatura: 23 a 25º C Comprimento do aquário: 45 cm Comentário: O Tetra-Limão varia a sua coloração entre um verde escuro e um tom mais amarelado. Na altura da espinha e linha lateral, quando o peixe está bem aclimatado, aparece uma faixa dourada de brilho intenso, que se realça na época de reprodução. Os machos possuem um pequeno anzol na barbatana anal, as fêmeas são mais roliças e não têm o gancho. Se você ficar na dúvida se há o anzol ou não, provavelmente não há. Já li em sites na internet que as manchas amarelas da barbatana anal têm cores diferentes em ambos os sexos, mas não sei maiores detalhes. O seu comportamento é pacífico, dando pequenas corridas nos demais Tetras, hábito comum entre eles. O ideal é que se mantenha um cardume. Só em número superior a 5 se pode observar o comportamento diferenciado. A temperatura deve ficar próxima a 25°C, mas no meu o aquário chega a 28°C sem problemas. É super recomendado para aquários comunitários, chega aos 5 cm e temos o orgulho de dizer que é um peixe da América do Sul. Vê-los entre a vegetação do aquário é uma recompensa para qualquer um que crie este peixe. Não costuma subir à superfície para pegar alimento, preferindo esperar que ele caia, mas quando outros peixes no aquário o fazem ele costuma acompanhá-los. A criação do Tetra Limão (Texto do Dr. Ulrich Thieme): ... Quando há 45 anos instalei os meus primeiros aquários, também estavam alojados neles diferentes Tetras, o que correspondia à tendência da moda de então. Já nessa altura, eu teria muito gosto em criar Tetras Limão. Assim, há cerca de 3 anos, instalei um tanque de 2,50 m de comprimento. Aperfeiçoei-o, quanto à decoração, com abundante vegetação e algumas raízes de pinheiro de pântanos e povoei-o, de acordo com a minha imaginação, com peixes da América do Sul. Para além de Pterophylum altum e cerca de 15 corydoras, estão representadas espécies de Tetras. O aquário mantém uma água de cerca de 10º dGH e um pH de 6,9. As plantas crescem vistosamente e o aquário produz um efeito harmónico. A oferta de alimentos compõe-se de tipos diferentes de alimentos em flocos, larvas congeladas de mosquito e de abundantes alimentos vivos na forma de Dáfnias e ciclópes que capturo regularmente, consoante a época do ano. Para experimentar uma vez, tinha colocado para criação vários Tetras, o que também funcionou sem problemas. No aquário encontravam-se também 12 Tetras Limão com os quais iniciei uma tentativa de de criação. Seguindo os mais variados critérios, tentei retirar do povoamento um denominado casal de criação, o que nem sempre é fácil quando se trata de da difícil distinção dos géneros. Repeti os preparativos várias vezes, mas infelizmente não consegui observar uma desova nem obter peixes juvenis. De modo a preparar-me para as minhas tentativas de criação, exminei também a bibliografia que me era acessível e familiarizei-me com as problemáticas que se formaram. Assim, chama-se sobretudo a atenção para o facto de se dever utilizar machos amadurecidos para criação. Segui este critério no caso dos meus animais. Difícil era sem dúvida diferenciar os géneros. Só raramente é que conseguia identificar os animais, aos quais eu me dirigia como fêmeas, com uma ligeira preparação para a desova. Os machos pensava reconhcê-los ao menos pela sua coloração substancialmente mais intensa, especialmente quando acasalavam com as companheiras de espécie ou travavam entre si combates rivais. Também experimentei um pouco com a água, mas apesar disso o êxito da criação falhou. Na realidade, eles estavam espalhados quae uniformemente por todo o aquário mas alguns animais com uma coloração especialmente intensa estavam sempre sobre tufo de plantas finamente pinulados e acasalavam com as companheiras de espécie que nadavam a seu lado.. No entanto nunca consegui observar uma desova no aquário grande. O nascimento: Quando regressei de uma estadia de várias semanas na Austrália, o meu aquário grande tinha demasiada vegetação em pontos diferentes. Durante a minha ausência só a água evaporada foi enchida de novo e somente uma vez foi efectuada uma pequena mudança parcial de água. Normalmente a mudança de água efectua-se de 14 em 14 dias, num terço. Depois de podar o povoamento excessivo de plantas, verifiquei de repente durante a alimentação que vários Tetras Limão pequenos com 1 a 2 cm de comprimento saíam em especial de densos tufos de plantas. É evidente que se chegou a uma multiplicação no aquário colectivo. Isto tanto mais me espantou pois o aquário era habitado igualmente por alguns Ciclídeos anões que rebuscavam todo o aquário. Por isso, estava convencido que eles descobririam tudo o que houvesse de comer. Nas semanas da minha ausência, além disso foram alimentados muito frugalmente. Agora também podia ver claramente que os tufos de plantas finamente pinuladas e enraízadas que ultrapassavam o fundo eram pontos especiais de formação de territórios para os machos Tetra Limão. Nestes territórios vi também em seguida cada vez mais peixes juvenis, sempre só do tamanho a partir de um centímetro. Aparentemente a desova estava tão bem protegida, que os peixes juvenis se podiam abrigar bem aí durante um longo espaço de tempo e encontravam alimentos minúsculos suficientes. Nos últimos dois anos o meu povoamento de Tetras Limão aumentou em cerca de 30 animais, tenso entretanto as primeiras crias atinjido já a maturidade sexual. Além disso, dei uma série completa de outros animais a alguns interessados...
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March 2018
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